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      Chefe da agência de segurança interna de Israel faz visitas secretas à Síria ocupada

      David Zini liderou inspeções em zonas militares e participou de operações no Monte Hermon, a poucos quilômetros de Damasco

      Veículo militar ronda a fronteira entre Israel e Síria - 04/05/2025 (Foto: Reuters)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - Reportagem publicada nesta quarta-feira (4) pelo jornal Israel Hayom revelou que David Zini, recém-nomeado chefe do serviço de segurança interna de Israel, o Shin Bet, realizou duas visitas secretas a áreas de conflito, incluindo o interior da Síria e regiões próximas à Faixa de Gaza. As incursões integram sua avaliação inicial como novo comandante da agência.

      De acordo com a publicação, Zini esteve em território sírio acompanhado por tropas de ocupação israelenses. A missão teria incluído inspeções minuciosas em áreas onde militares israelenses estão posicionados, como parte de um esforço de reconhecimento coordenado com a Brigada Alexandroni, uma das unidades de elite das Forças de Defesa de Israel (FDI).

      Monte Hermon: o novo limite da ocupação

      O jornal também antecipou que uma reportagem mais extensa sobre a presença militar israelense no Monte Hermon será publicada em sua revista semanal. Localizada a apenas 20 quilômetros da capital síria, Damasco, a área tem sido descrita como estratégica para os interesses de segurança de Israel

      Segundo o Israel Hayom, tropas israelenses têm mantido posições avançadas no cume da montanha, considerado o "olho do Estado" devido à sua visibilidade privilegiada sobre vastas regiões do território sírio.

      Apesar do simbolismo do local, o jornal aponta que a maioria da população israelense desconhece a real dimensão do avanço militar além das fronteiras reconhecidas internacionalmente. A presença israelense no Monte Hermon, parte do território sírio do Golã, representa um marco do avanço iniciado após o colapso do governo de Bashar al-Assad, registrado pela imprensa local em 8 de dezembro.

      A bandeira sobre o cume e o discurso da conquista

      Em entrevista concedida ao Israel Hayom, um capitão da reserva das FDI descreveu a ocupação do Monte Hermon como uma realização histórica. “Meses atrás, estar no cume do Jabal Hermon, a 20 quilômetros de Damasco, era um sonho”, afirmou. Segundo ele, o local é considerado “estratégico para a segurança nacional”, e a elevação da bandeira israelense no ponto mais alto da montanha teria sido conduzida pessoalmente pelo comandante da brigada.

      Ainda de acordo com o oficial, “cada vez que entro aqui, sinto uma emoção renovada com essa conquista”.

      Símbolo militar e propaganda geopolítica

      A presença israelense no Monte Hermon e a exibição pública de operações antes mantidas sob sigilo também têm servido como mensagem militar e política. O jornal questiona por que a ocupação do ponto estratégico foi negligenciada por décadas desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973. Com o recente avanço, o local volta a ser tratado como prioridade nos planos militares israelenses.

      O Israel Hayom descreve ainda que unidades móveis de campo têm desempenhado papel central nessas operações sigilosas, e soldados devem relatar suas experiências pela primeira vez em entrevistas previstas para a próxima edição da publicação.

      Expansão da ocupação e desafios legais

      A movimentação militar e a presença de forças de ocupação em território sírio contrastam com o direito internacional, que reconhece o Monte Hermon como parte integrante da Síria. A ocupação de áreas adicionais além das fronteiras estabelecidas tem sido denunciada por diversas organizações internacionais, embora raramente receba destaque na grande imprensa ocidental.

      Com essas ações, Israel amplia sua presença militar na região e sinaliza disposição para consolidar novos limites territoriais, intensificando tensões em um contexto já marcado por instabilidade geopolítica e disputas territoriais históricas.

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