Esteves, do BTG Pactual, vê 'consenso político' para ajuste fiscal
Banqueiro defende urgência na responsabilidade com as contas públicas e diz que reformas estruturantes são essenciais para o crescimento
247 – O chairman e sócio do BTG Pactual, André Esteves, afirmou neste sábado (7), durante participação no Fórum Esfera, no Guarujá (SP), que o Brasil vive o momento certo para avançar em reformas estruturais e no ajuste das contas públicas. Para ele, já existe um alinhamento político em torno desse objetivo. “O tempo [do ajuste fiscal e reformas estruturantes] chegou. O consenso chegou. Isso a por coisas simples e estruturantes. Existe consenso político para isso”, declarou.
Segundo Esteves, manter o equilíbrio fiscal é fundamental para garantir o crescimento sustentável da economia, além da geração de empregos e renda. Ele foi direto ao sintetizar sua visão sobre o tema: “Investimento é vida. Gasto excessivo é morte”.
A mesma preocupação foi compartilhada por outras autoridades presentes ao evento. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu que uma sinalização clara de responsabilidade com as contas públicas pode transformar o Brasil em um destino preferencial para investidores internacionais. “Se [o Brasil] consegue dar uma sinalização de uma sustentabilidade mais positiva para o mercado, acho que, no ambiente que temos atualmente, o Brasil se diferencia muito positivamente do ponto de vista de atração de investimento, com todas as vantagens competitivas que nós temos”, disse Galípolo, segundo relato publicado pela revista Exame.
Ele também considerou “uma ótima notícia” a sinalização do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que o Legislativo trabalha para cortar renúncias fiscais e avançar em reformas estruturais. Galípolo ressaltou ainda que o diálogo entre o governo federal e o Congresso é um elemento positivo no atual cenário político.
Já o CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, alertou para o risco do crescimento contínuo da dívida pública brasileira, estimando uma elevação de até três pontos percentuais por ano caso nenhuma medida concreta seja tomada. “Esse é um debate de pais. Social e fiscal andam de mãos dadas. A trajetória da dívida é uma preocupação constante”, afirmou. Ele também considerou que o atual arcabouço fiscal ainda é insuficiente para conter o avanço da dívida.
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