China autoriza exportações seletivas de minerais de terras raras em meio à crescente demanda global
Comércio chinês afirma que controle sobre elementos estratégicos visa proteger segurança nacional e cumprir compromissos internacionais
247 – A China autorizou um número limitado de licenças para exportação de itens relacionados a terras raras, em resposta ao aumento da demanda global por elementos médios e pesados, impulsionada por setores como os de robótica e veículos de nova energia. A informação foi divulgada neste sábado (7) por um porta-voz do Ministério do Comércio chinês e publicada pela agência Xinhua.
Segundo o porta-voz, os itens exportados possuem características de uso dual, ou seja, podem ser aplicados tanto em finalidades civis quanto militares, o que justifica a imposição de controles rigorosos sobre sua comercialização internacional. “Impor controles de exportação sobre itens sensíveis está em conformidade com as práticas internacionais”, afirmou o representante do ministério.O governo chinês reforça que essas medidas têm como objetivo proteger a segurança e os interesses nacionais, ao mesmo tempo em que cumprem os compromissos assumidos em acordos de não proliferação de tecnologias sensíveis. Para as autoridades, trata-se de um posicionamento que demonstra a responsabilidade da China com a estabilidade regional e a paz global.
O porta-voz destacou ainda que o país continuará a reforçar o exame rigoroso das solicitações de exportação que estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos. “Estamos prontos para fortalecer a comunicação e o diálogo sobre os controles de exportação com os países relevantes, de modo a facilitar um comércio compatível com as normas internacionais”, afirmou.
A decisão ocorre em um momento de disputa geopolítica crescente em torno do fornecimento de terras raras, um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a fabricação de produtos de alta tecnologia, como baterias, motores elétricos, turbinas e sistemas de defesa. A China é atualmente responsável por cerca de 60% da produção global desses insumos críticos.
Embora o anúncio sinalize disposição para manter canais de exportação abertos sob condições específicas, ele também evidencia a postura mais estratégica do governo chinês em relação ao controle de recursos considerados vitais para a economia do futuro e para o equilíbrio de poder nas cadeias industriais globais.
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