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      Luizianne denuncia “parceria perigosa” entre big techs e PL em evento com Bolsonaro

      Deputada do PT pede apuração sobre seminário do PL que treinou militantes com IA, deepfakes e impulsionamento digital para eleições

      Deputada federal Luizianne Lins (PT), em Brasília (Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) protocolou nesta quarta-feira (4/6) uma representação junto à Procuradoria-Geral Eleitoral do Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal, cobrando esclarecimentos sobre a participação das empresas Meta, Google e CapCut no 2.º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal (PL), realizado em 30 de maio em Fortaleza (CE). 

      O evento, que teve a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, parlamentares da sigla e representantes das três plataformas digitais, foi dedicado ao treinamento de quadros do PL em técnicas digitais avançadas para fins eleitorais. 

      Entre os temas abordados, estavam oficinas sobre impulsionamento via WhatsApp Business, uso de automação por inteligência artificial e produção de deepfakes de áudio para fins de mobilização política e ataques a adversários.

      “Estamos diante de um caso grave de possível transferência de know-how técnico de empresas privadas para um único partido político, com indícios de favorecimento eleitoral e manipulação em larga escala”, afirmou Luizianne. A deputada considera que as ações desenvolvidas no seminário colocam em risco a igualdade de condições entre candidaturas e ferem os princípios que sustentam o processo democrático.

      Na peça enviada às autoridades, Luizianne solicita a abertura imediata de investigação para apurar se houve doação ilegal de bens e serviços — prática proibida pela legislação eleitoral — e a adoção de medidas cautelares para impedir que eventos semelhantes ocorram até o pleito de 2026. A parlamentar também cobra a requisição de documentos e esclarecimentos das empresas envolvidas.

      A denúncia se insere em um contexto de crescente preocupação com o uso de tecnologias digitais e de inteligência artificial no processo político-eleitoral. Luizianne integra a Comissão Especial sobre Inteligência Artificial da Câmara dos Deputados, instalada no último dia 20 de maio, que discute o Projeto de Lei 2338/23 para regular o uso da IA no país.

      “As plataformas não podem ser instrumentos de manipulação nem atuar como atores privilegiados no jogo eleitoral. É preciso estabelecer limites claros”, declarou a deputada, reforçando seu compromisso com o uso ético e responsável da tecnologia no ambiente democrático.

      A atuação de empresas como Meta e Google em atividades partidárias levanta questionamentos sobre o papel das big techs no processo eleitoral brasileiro. Segundo a petista, a presença dessas corporações em um evento voltado à capacitação exclusiva de filiados do PL ultraa os limites do aceitável e configura um possível desequilíbrio que deve ser contido pelas instituições de controle.

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