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      Com apoio da base ao PL da Anistia, governo Lula avalia renegociar cargos

      Deputados de partidos com ministérios na Esplanada apoiaram a urgência do projeto. Planalto pode iniciar revisão no mapa de nomeações

      Presidente Lula e ministra Gleisi em cerimônia de posse no Palácio do Planalto - 10/03/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A articulação que impulsionou o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro escancarou a fragilidade da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto. Deputados de partidos que ocupam cargos estratégicos na Esplanada, como PSD, MDB, União Brasil, PP e Republicanos, am em peso o requerimento de urgência da proposta, patrocinada pelo PL de Jair Bolsonaro. Diante da traição, o governo pode reavaliar o mapa de nomeações de aliados do Planalto em busca de mais apoio no Congresso, relata reportagem do jornal O Globo.

      A reconfiguração da estratégia política será liderada pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), que já anunciou a intenção de revisar os acordos firmados no início do terceiro mandato do presidente Lula. "O governo não está numa operação de retaliação, mas está sim mostrando aos deputados a gravidade politica, jurídica e institucional que significa apoiar este projeto. O PL é para garantir a impunidade de Bolsonaro e de quem mais tentou derrubar este governo, inclusive matar o presidente Lula".

      Revés soma-se a outras derrotas no Legislativo - A ofensiva do Planalto contra a infidelidade parlamentar acontece em meio a um histórico recente de derrotas legislativas sofridas pelo governo. A base aliada permitiu a aprovação de projetos como o fim das “saidinhas” de presos e o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Também contribuiu para manter o veto de Jair Bolsonaro a regras mais duras contra fake news. Todas essas matérias foram aprovadas com votos de partidos teoricamente alinhados ao Executivo.

      A mais recente derrota expôs novamente as limitações do chamado presidencialismo de coalizão. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, reconheceu o atraso na mobilização política. "O governo até então não tinha entrado em campo, porque quando o adversário está errando, não se deve interrompê-lo. Não é um tema da agenda de governo. Mas, sendo da oposição, é contra nós. Então, quem é da base tem que fazer uma reflexão se quer continuar do lado do governo. E todos têm participação (cargos) nos estados".

      Mapeamento de cargos será aprofundado nas próximas semanas - Dos 262 deputados que am o requerimento de urgência, muitos são de legendas que ocupam cargos na máquina federal. A situação gerou desconforto entre integrantes do Planalto, que veem na movimentação um sinal de deslealdade. 

      A orientação no governo é aprofundar o levantamento sobre o desempenho dos deputados nas votações e cruzar os dados com os cargos ocupados por seus aliados em autarquias e órgãos como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Codevasf. Uma análise preliminar aponta que alguns parlamentares com cargos de indicação votam com o governo em menos de 15% das matérias.

      Além disso, há suspeitas de que em determinados estados, indicados políticos estejam mais alinhados a governadores de oposição do que ao presidente Lula, o que enfraquece o alcance do Planalto. Com as eleições de 2026 no horizonte, o governo avalia que será necessário reorganizar sua influência nos estados para garantir governabilidade.

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