Márcio Elias Rosa exalta papel da indústria e defende acordo entre União Europeia e Mercosul
Secretário-executivo do MDIC destaca a centralidade da política industrial no governo Lula e critica ausência do Estado em gestões anteriores
247 – Durante o evento comemorativo do Dia da Indústria, realizado no Teatro do BNDES, no Rio de Janeiro, no dia 27 de maio de 2025, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, fez um discurso contundente em defesa da política industrial e da reconstrução produtiva do país. A atividade foi promovida pelo Brasil 247, TV 247 e Agenda do Poder, com a presença de líderes empresariais, acadêmicos e autoridades públicas.
Elias Rosa destacou o papel decisivo do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na retomada da atuação do banco como indutor do desenvolvimento nacional. “Você não resgatou o BNDES. O BNDES não precisava ser resgatado. Você só devolveu ao BNDES, aos colaboradores do BNDES, a dignidade que eles nunca deixaram de ter, mas que algumas pessoas não queriam enxergar”, afirmou.
Segundo ele, a atual política de desenvolvimento do governo Lula está ancorada em três figuras centrais: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, Mercadante, no BNDES, e o próprio vice-presidente da República e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin. “Veja o olhar, a centralidade da indústria para a política de desenvolvimento no governo Lula”, destacou.
Indicadores positivos e papel estratégico do Estado
O secretário-executivo comemorou os avanços recentes na economia: “A menor taxa de desemprego da história, 6,6%, isso é quase o pleno emprego. A maior utilização de capacidade instalada do Brasil nos últimos 14 anos”. Destacou também o crescimento da indústria de transformação em 4,6% e do PIB em 3,2% em 2023 e projeção de 3,4% para 2024, além do aumento real do salário mínimo. “Esse é o Brasil de hoje que precisa ser reconstruído face a tudo aquilo que acumulou nos últimos anos”, declarou.
Acordo Mercosul-União Europeia: oportunidade histórica
Márcio Elias Rosa também enfatizou a importância geopolítica e econômica do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, cuja formalização está próxima. Ele criticou o modelo negociado anteriormente em 2018 por ser “perverso com a indústria brasileira” e defendeu os avanços recentes que incluem cláusulas sobre transferência tecnológica, compras governamentais e convergência regulatória.
“Ou a gente celebra esse acordo definitivamente ou não vamos conseguir nos colocarmos. E a hora é agora”, afirmou, apontando que, sem isso, o Mercosul perderia relevância. Ele comparou a baixa integração comercial do bloco sul-americano (apenas 10% de comércio intrabloco) com outras regiões como União Europeia (60%) e América do Norte (50%).
Brasil, sustentabilidade e industrialização verde
Outro ponto de destaque foi a defesa de um modelo de desenvolvimento baseado na indústria descarbonizada. “Não é mais o custo da mão de obra, é a sustentabilidade além do custo. E só o Brasil nesse trópico oferece a solução sustentável que possui”, afirmou.
Ele ressaltou que, enquanto a China centraliza sua política industrial, os EUA a financiam e a União Europeia a regula, o Brasil ou por um período de ausência do Estado na indução produtiva. “O Brasil sofreu uma desindustrialização precoce e severa. Precarizou serviços, reduziu a renda e nós sofremos de um grande hiato tecnológico”, alertou.
Integração entre Estado, setor privado e academia
Elias Rosa reforçou a importância da integração entre governo, empresas e universidades para impulsionar o avanço tecnológico e a inovação. E elogiou o papel do BNDES, da FINEP, do Basa, do BNB e de outras instituições públicas na promoção de investimentos estratégicos, sob a orientação direta do presidente Lula.
“Só as pessoas inconformadas com as injustiças assumem definitivamente um papel transformador. E esse é o presidente Lula”, finalizou, sob aplausos do público presente no teatro. Assista:
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