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      "Trump não tem como vencer a guerra contra a China", diz Pascal Lamy, ex-diretor-geral da OMC

      Para ex-chefe da OMC, conflito comercial entre as duas maiores potências mundiais caminha para um embargo mútuo

      Guerra comercial entre China e Estados Unidos (Foto: llustração Global Times)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A escalada tarifária entre Estados Unidos e China está empurrando as duas maiores economias do mundo para um cenário de “embargo mútuo”, cujo desfecho depende de diálogo direto entre os líderes das potências. Quem faz o alerta é Pascal Lamy, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), em entrevista concedida ao portal Caixin, publicada nesta terça-feira (22).

      “Trump não tem como vencer essa guerra contra a China”, afirmou Lamy, em referência ao presidente dos Estados Unidos, que iniciou seu segundo mandato em 2025 e intensificou o confronto tarifário com Pequim. Segundo ele, as medidas de retaliação adotadas por ambos os lados já configuram um bloqueio comercial de fato, que desorganiza cadeias produtivas globais e ameaça o comércio internacional.

      Para o ex-dirigente da OMC, o governo chinês ainda enfrenta desafios internos importantes para lidar com os efeitos da guerra comercial. “A China precisa reequilibrar sua economia em direção a um modelo mais centrado no consumo, o que ainda não conseguiu fazer”, avaliou. Na visão de Lamy, a falta de dinamismo da demanda doméstica chinesa amplia o risco de que a produção excedente do país seja direcionada a mercados terceiros, acirrando disputas comerciais.

      “Há uma preocupação crescente em muitos países de que os produtos chineses, barrados nos Estados Unidos, sejam redirecionados para seus próprios mercados”, disse Lamy, em referência à sobrecapacidade produtiva chinesa. Esse temor tem provocado reações protecionistas em diferentes regiões do mundo, alimentando uma fragmentação crescente do sistema de comércio internacional.

      Segundo ele, a atual conjuntura marca uma nova fase da globalização, marcada pela regionalização e pelo aumento da influência política nas decisões comerciais. “Estamos caminhando para uma globalização menos integrada e mais politizada”, concluiu, ao defender que a única saída para o ime entre Washington e Pequim é o retorno à mesa de negociações.

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