Sindicatos da Disney denunciam "ataque cruel" a imigrantes após suspensão de trabalhadores venezuelanos
Coalizão sindical critica decisão da empresa após revogação do TPS e exige apoio legal e estabilidade para funcionários afetados
247 - Após a suspensão de 45 funcionários venezuelanos pela Walt Disney Company na Flórida, em decorrência da revogação do Status de Proteção Temporária (TPS) pelo governo do presidente Donald Trump, seis sindicatos que representam trabalhadores dos parques temáticos da empresa emitiram uma declaração conjunta, nesta sexta-feira (23), condenando a medida. A notícia foi divulgada pela Associated Press.
"Esses trabalhadores — nossos colegas, amigos e vizinhos — contribuíram imensamente para o sucesso da Walt Disney Company e para a vibrante cultura da Flórida Central", afirmou a coalizão sindical Service Trades Council Union (STCU). "O cancelamento do TPS não foi apenas uma decisão política; foi um ataque cruel e calculado às comunidades imigrantes."
A decisão da Suprema Corte dos EUA permitiu que o Departamento de Segurança Interna encerrasse as proteções do TPS para um grupo de venezuelanos, abrindo caminho para a deportação de mais de 350.000 pessoas. Em resposta, a Disney colocou os funcionários afetados em licença não remunerada por 30 dias, com a possibilidade de demissão caso não apresentem nova autorização de trabalho ao final do período.
A empresa afirmou estar comprometida em apoiar os funcionários durante esse período de incerteza. "Enquanto resolvemos as complexidades desta situação, colocamos os funcionários afetados em licença com benefícios para garantir que não estejam em violação da lei", declarou a Disney em comunicado.
Os sindicatos, que representam aproximadamente 45.000 funcionários dos parques temáticos da Disney na Flórida, instaram a empresa a oferecer e legal, proteger os empregos e defender os direitos dos trabalhadores em nível federal. Eles enfatizaram que os trabalhadores afetados são parte integrante da comunidade e merecem estabilidade e segurança.
A revogação do TPS para os venezuelanos é parte de uma política mais ampla da istração Trump de endurecimento das leis de imigração. A medida tem gerado preocupação entre empregadores e trabalhadores, especialmente na Flórida e no Texas, estados que concentram a maioria dos beneficiários do programa.
Economistas alertam que a deportação em massa de trabalhadores com TPS pode causar escassez de mão de obra em setores como hospitalidade e construção civil, além de impactos econômicos negativos em diversas regiões dos EUA.
O TPS foi criado pelo Congresso dos EUA em 1990 para conceder proteção temporária a pessoas provenientes de países afetados por conflitos armados, desastres naturais ou instabilidade política. A Venezuela foi incluída no programa em 2021 devido à crise humanitária sob o governo de Nicolás Maduro.
Com a decisão da Suprema Corte, os venezuelanos que perderem o TPS e não tiverem outra forma de regularizar sua situação migratória poderão ser deportados. A medida tem sido alvo de críticas por parte de organizações de direitos humanos e líderes comunitários, que a consideram desumana e prejudicial às famílias afetadas.
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