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      Risco nos EUA eleva atratividade do Brasil para empresas globais, afirma consultor internacional

      Incertezas tarifárias e políticas nos Estados Unidos fazem investidores buscarem mercados emergentes mais estáveis, como o Brasil

      Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Leah Millis / Reuters)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 -  O presidente da consultoria internacional Control Risks, Nick Allan, avaliou que a atual conjuntura de instabilidade econômica e política nos Estados Unidos está levando empresas globais a reconsiderarem seus planos de investimento, enxergando no Brasil uma alternativa mais estável e promissora. As informações são da Folha de S.Paulo.

      Com atuação em diversos países, a Control Risks presta consultoria a empresas diante de cenários de risco e mudança de ambiente regulatório.

      Segundo Allan, a percepção de risco nas economias que integram o acordo comercial da América do Norte — Estados Unidos, Canadá e México — aumentou consideravelmente. “O prêmio de risco visto pelas empresas aumentou nos Estados Unidos e no bloco comercial que inclui Canadá e México, o que torna outros países mais interessantes. Isso vale para o Brasil”, afirmou o executivo, que está em São Paulo para encontros com clientes da consultoria.

      A leitura da Control Risks é que, além da tensão geopolítica entre Estados Unidos e China, agravada pela guerra tarifária conduzida pelo presidente Donald Trump, a ausência de um marco regulatório previsível afeta o planejamento empresarial de longo prazo. Isso está levando investidores a buscar alternativas em mercados emergentes — como o Brasil — que, apesar de seus próprios desafios, vêm se destacando como destinos mais previsíveis diante da turbulência global.

      Allan chamou atenção para os efeitos da chamada “desescalada” nas tarifas impostas entre os dois gigantes econômicos. Após ameaças de elevar os impostos sobre importações a até 80%, os Estados Unidos recuaram para 30% e a China, para 10%, o que aliviou momentaneamente os mercados. No entanto, ele pondera que a trégua ainda não sinaliza estabilidade real. “Acho que a comemoração foi prematura, porque a incerteza ainda não desapareceu”, disse.

      Para o especialista, a dificuldade em avançar nas negociações entre Washington e Pequim está nos temas sensíveis, como segurança nacional e soberania, que transcendem tarifas. “As questões fundamentais se mantêm. Quando começarem a discutir barreiras não tarifárias — restrições a investimentos por motivos de segurança — vai ser muito difícil”, afirmou.

      Apesar do retorno de encomendas norte-americanas à China, especialmente no setor de brinquedos com foco no mercado natalino, Allan destaca que o ambiente segue imprevisível. “A incerteza permanece — e países que lidam com os EUA (ou seja, praticamente todos) estão em como de espera”, alertou.

      Nesse cenário, o Brasil se beneficia ao surgir como um destino viável para investimentos diante do aumento da volatilidade nos centros tradicionais. A avaliação é que, ao menos por ora, o país oferece menor risco regulatório e geopolítico, atributos que voltam a atrair a atenção de empresas interessadas em diversificação de mercados.

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