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      Rubio encontra chanceler sírio após anúncio de Trump sobre suspensão de sanções

      Encontro na Turquia marca reaproximação dos EUA com governo sírio liderado por ex-rebelde Ahmed al-Shara

      Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - 17/04/2025 (Foto: Foto: Reuters/JULIEN DE ROSA)
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      247 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, reuniu-se na quinta-feira (15) com o chanceler da Síria, Asaad Hassan al-Shaibani, em Antalya, na Turquia. O encontro é mais um sinal da mudança na política externa americana em relação à Síria, após o presidente Donald Trump anunciar, nesta semana, a suspensão das sanções impostas ao país árabe.

      A reunião ocorre dois dias após Trump surpreender ao declarar em visita à Arábia Saudita que os Estados Unidos começariam a retirar as sanções econômicas contra a Síria. No dia seguinte à declaração, Trump se encontrou pessoalmente com o presidente sírio Ahmed al-Shara, ex-líder rebelde que assumiu o comando do país após a deposição de Bashar al-Assad, em dezembro.

      Durante a reunião com al-Shaibani, segundo informaram os ministérios das Relações Exteriores da Síria e da Turquia, foram discutidas diretrizes para a retirada gradual das sanções. No entanto, detalhes sobre o cronograma e as exigências específicas ainda não foram divulgados.

      “Nosso objetivo é ajudar a construir uma Síria pacífica e estável”, afirmou Rubio após o encontro, destacando que se sentiu encorajado pelas manifestações do novo governo sírio em defesa de uma convivência pacífica com Israel e de combate ao terrorismo.

      Rubio indicou que o governo norte-americano começaria emitindo isenções temporárias a parte das sanções impostas pelo Congresso, o que permitiria a entrada de dólares no país e também daria segurança jurídica para que países vizinhos pudessem financiar a reconstrução síria. Ele ponderou, no entanto, que o levantamento completo das restrições ainda depende de avanços concretos. “Ainda não chegamos lá. Seria prematuro”, declarou.

      O Departamento do Tesouro dos EUA confirmou, na quinta-feira, que deu início ao processo de levantamento das sanções. Em nota, o órgão declarou que as ações visam “reconstruir a economia síria, seu sistema financeiro e sua infraestrutura, colocando o país no caminho para um futuro próspero e estável”.

      Além de Rubio e al-Shaibani, participaram do encontro o chanceler turco Hakan Fidan, o presidente Recep Tayyip Erdogan (por videoconferência) e o senador republicano Lindsey Graham. “Estarei trabalhando em estreita colaboração com o presidente Trump, o secretário Rubio e suas equipes para dar continuidade à suspensão das sanções e, com sorte, acabar também com a designação da Síria como Estado patrocinador do terrorismo”, declarou Graham.

      Al-Sharaa tem buscado remodelar sua imagem desde que chegou ao poder. Antes de liderar a coalizão rebelde que derrubou Assad, ele foi vinculado a um grupo considerado terrorista pelos EUA, o Hayat Tahrir al-Sham, dissidência da Al-Qaeda. Ainda assim, o novo presidente sírio vem tentando se apresentar como um estadista moderado.

      A reunião entre Trump e al-Sharaa, realizada na quarta-feira na Arábia Saudita, foi o primeiro encontro entre líderes dos dois países em 25 anos. Em pronunciamento televisionado à nação síria, al-Sharaa celebrou a decisão americana como um divisor de águas. “Alivia o sofrimento do povo, contribui para nosso renascimento e estabelece as bases para a estabilidade regional”, disse.

      As sanções dos Estados Unidos à Síria começaram nos anos 1970 e foram reforçadas durante os anos de guerra civil. Após a queda do governo de Bashar al Assad, alguns países ocidentais amenizaram restrições, mas a Casa Branca manteve exigências como a expulsão de forças iranianas do território sírio e a destruição de arsenais químicos para considerar uma flexibilização.

      Atualmente, segundo a ONU, mais de 90% da população síria vive em situação de pobreza extrema. Arábia Saudita e Catar já sinalizaram intenção de assumir parte da dívida de US$ 15 milhões da Síria junto ao Banco Mundial e até financiar salários no setor público, mas aguardavam uma definição sobre as sanções americanas.

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