Netanyahu e comandantes israelenses discutem intensificação do genocídio em Gaza
Encontro com o primeiro-ministro incluiu proposta para convocar milhares de reservistas e aumentar a pressão militar sobre os palestinos
247 – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com o ministro da Defesa, Israel Katz, e com o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), general Eyal Zamir, para discutir a ampliação do genocídio em Gaza. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pelo site israelense Ynet, conforme reproduzido pela agência russa TASS.
Segundo o Ynet, o encontro durou várias horas e teve como ponto central a apresentação de um novo plano militar, que propõe o aumento substancial da campanha contra o Hamas. A proposta inclui a convocação de milhares de reservistas e deve ser submetida à aprovação do gabinete israelense neste sábado, 4 de maio.
“Até que o Hamas liberte os reféns, Israel intensificará significativamente as operações militares”, afirmou uma fonte militar ao Ynet. O plano apresentado estabelece o que foi descrito como "mais uma fase importante" da operação, mas que não envolverá a ocupação total da Faixa de Gaza.
No último dia 24 de abril, o general Eyal Zamir já havia advertido que as ações militares em Gaza seriam ampliadas caso as negociações para a libertação dos reféns não apresentassem avanços. Até o momento, de acordo com dados oficiais israelenses, o Hamas mantém 24 reféns vivos e os corpos de 35 reféns mortos.
Israel retomou os ataques em Gaza em 18 de março, encerrando um cessar-fogo que estava em vigor desde janeiro. A escalada militar foi justificada pelo gabinete de Netanyahu como uma resposta à rejeição, por parte do Hamas, das propostas de mediação apresentadas por países intermediários e pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff.
O novo estágio do genocídio em Gaza ocorre em meio ao colapso humanitário enfrentado pelo enclave palestino, com bombardeios constantes, destruição generalizada de infraestrutura e um número alarmante de vítimas civis — incluindo milhares de mulheres e crianças.
Enquanto os esforços diplomáticos seguem estagnados, a decisão israelense de aprofundar o genocídio poderá desencadear novas reações internacionais, inclusive entre os aliados do país, como os Estados Unidos, atualmente presididos por Donald Trump, que iniciou seu segundo mandato em janeiro de 2025.
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