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      Israel mata 44 palestinos em novos ataques a Gaza, em meio à fome e saques ao centro de distribuição de ajuda

      Moradores famintos invadiram armazém do Programa Mundial de Alimentos enquanto Israel mantém ofensiva para controlar o território

      Palestinos inspecionam os danos em uma escola que abriga pessoas deslocadas, após um ataque israelense, na Cidade de Gaza, em 26 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Dawoud Abu Alkas)
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      247 - Pelo menos 44 palestinos foram mortos em ataques israelenses à Faixa de Gaza nesta quinta-feira (29), em mais um episódio da devastadora ofensiva militar que assola o enclave desde outubro. Segundo a RFI, a informação foi confirmada pela agência AFP com base em declarações de Mohammed Al-Moughayir, responsável da Defesa Civil de Gaza. Segundo ele, 23 dessas vítimas morreram em um bombardeio a uma residência no campo de refugiados de Al-Bureij, no centro do território. Outros civis também foram atingidos na manhã do mesmo dia nas proximidades de um centro de ajuda humanitária no sul de Gaza.

      Questionado sobre os incidentes, o Exército de Israel afirmou estar investigando os casos e declarou, em nota, ter atingido “dezenas de alvos terroristas em toda a Faixa de Gaza” nas últimas 24 horas.

      A escalada dos ataques começou em 17 de maio, com o governo de Israel reiterando seus objetivos: libertar os reféns restantes, erradicar o grupo Hamas e assumir controle total sobre o território palestino. Desde então, as operações militares vêm se intensificando, enquanto o cerco humanitário imposto ao enclave desde março foi parcialmente suspenso na última semana.

      O agravamento da crise humanitária se refletiu em cenas de desespero registradas na quarta-feira (28), quando centenas de palestinos invadiram um armazém do Programa Mundial de Alimentos (PMA) em busca de comida. De acordo com a entidade, os produtos armazenados haviam sido pré-posicionados para distribuição, mas a fome crescente levou moradores a se aglomerarem no local. “Hordas de pessoas famintas invadiram o armazém (...) em busca de alimentos”, afirmou o PMA em nota, alertando para a urgência de “o humanitário seguro e ir”.

      O órgão das Nações Unidas investiga relatos de duas mortes e vários feridos durante a invasão ao depósito. “O PMA tem alertado insistentemente sobre a deterioração da situação (...) e os riscos representados pela limitação da ajuda humanitária a pessoas famintas que precisam desesperadamente de assistência”, reiterou o comunicado.

      Na terça-feira (27), uma outra distribuição de alimentos — desta vez organizada pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), criada com apoio de Israel e dos Estados Unidos — terminou em confusão e deixou 47 pessoas feridas, conforme o Escritório da ONU para os Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados. A iniciativa tem sido alvo de duras críticas por parte do chefe da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini.

      O Exército de Israel itiu que seus soldados realizaram “tiros de advertência para o ar” do lado de fora do centro da GHF, negando disparos contra civis. A fundação também refutou qualquer envolvimento em tiroteios contra a multidão.

      Nesta quinta-feira, novas filas se formaram diante de um ponto de distribuição da GHF em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza. A quantidade de ajuda entregue, porém, foi considerada irrisória diante da demanda. “Eles trouxeram 200 caixas para 20 mil pessoas, ou até 200 mil”, criticou Saleh al-Shaer, morador local. “Cheguei aqui às 4h da manhã e não havia ninguém. Por volta das 4h30, havia uma multidão inteira lá.”

      A situação desesperadora foi resumida por Sobhi Arif, que carregava um saco de farinha no ombro: “O que está acontecendo conosco é humilhante. (...) Vamos lá e arriscamos nossas vidas só para conseguir o suficiente para alimentar nossos filhos”.

      No front militar, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou na quarta-feira (28) a morte de Mohammed Sinwar, apontado por Israel como líder do Hamas em Gaza. Segundo veículos israelenses, ele teria sido alvejado em um ataque aéreo em Khan Yunis, no sul do enclave, no dia 13 de maio.

      O conflito foi deflagrado pelo ataque de 7 de outubro, que deixou 1.218 mortos do lado israelense, majoritariamente civis, segundo levantamento da AFP com base em números oficiais. Das 251 pessoas sequestradas naquela ocasião, 57 continuam em cativeiro na Faixa de Gaza — ao menos 34 delas já foram declaradas mortas pelas autoridades israelenses.

      A resposta militar de Israel já deixou mais de 54.249 palestinos mortos, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela Organização das Nações Unidas. A maioria das vítimas também são civis.

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