EUA propõem trégua de 60 dias em Gaza e troca de reféns entre Israel e Hamas
Novo rascunho de acordo prevê libertação de 10 reféns vivos, de mais de mil palestinos e garantia pelos EUA de continuidade das negociações
247 - Um novo rascunho de proposta apresentado pelos Estados Unidos a Israel e ao Hamas busca destravar um possível acordo para uma trégua temporária e a libertação de reféns, num esforço para conter a escalada da agressão israelense. A informação foi divulgada pelo jornal The Times of Israel e pelo canal pan-árabe Al Ghad, que teve o aos termos do documento entregue durante a madrugada desta quinta-feira (29) às partes envolvidas.
De acordo com as fontes citadas pelo Al Ghad, o plano contempla um cessar-fogo inicial de 60 dias, durante o qual o Hamas libertaria 10 reféns vivos — e não nove, como relatado anteriormente — além de 18 corpos de reféns mortos. A operação ocorreria em duas etapas: metade dos reféns vivos e corpos seriam entregues no primeiro dia da trégua, e a outra metade no sétimo dia.
Em contrapartida, Israel se comprometeria a libertar 125 palestinos condenados à prisão perpétua por acusações de terrorismo, 1.111 moradores da Faixa de Gaza detidos desde o início do genocídio em 7 de outubro de 2023, além da entrega de 180 corpos de palestinos atualmente mantidos sob custódia israelense.
O acordo proposto também prevê a entrada de ajuda humanitária em Gaza e a retirada das forças israelenses para posições previamente acordadas. Um ponto crucial do esboço é a garantia dos Estados Unidos de que as negociações para um cessar-fogo permanente continuarão durante todo o período da trégua. No entanto, segundo a imprensa israelense, o plano deixa aberta a possibilidade de que Israel retome os combates caso as tratativas fracassem.
A proposta surge em meio a uma intensa pressão internacional por um cessar-fogo duradouro e por soluções que aliviem o sofrimento da população civil, especialmente na Faixa de Gaza, onde a situação humanitária se deteriora a cada dia.
Embora ainda não haja uma resposta oficial do Hamas ou do governo israelense, fontes próximas às negociações indicam que o documento está sendo analisado com cautela por ambas as partes. A viabilidade do acordo dependerá não apenas da aceitação dos termos imediatos, mas da confiança mútua quanto à implementação das cláusulas e do comprometimento com um processo negociado de longo prazo.
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