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      Impedido de vender à China por Trump, CEO da Nvidia faz visita a Pequim

      Jensen Huang é recebido por autoridades chinesas em meio a tensões com os Estados Unidos

      Jensen Huang (Foto: Reprodução)
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      247 - O CEO da Nvidia, Jensen Huang, desembarcou nesta quinta-feira (16) em Pequim, em um momento crítico para a gigante americana de semicondutores. A visita, noticiada pelo perfil Yuyuan Tan Tian, ligado à emissora estatal chinesa CCTV, foi publicada na plataforma Weibo às 15h (madrugada no Brasil) e confirmou a presença do executivo na capital chinesa a convite do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, órgão vinculado ao Ministério do Comércio do país. As informações são da Folha de S. Paulo.

      A breve postagem traz uma foto de Huang sorrindo para jornalistas locais e relembra que, há três meses, em outra visita à China, o executivo declarou que “continuaria a trabalhar com a China”, reforçando o compromisso da Nvidia com o mercado chinês, mesmo diante das crescentes restrições impostas pelos Estados Unidos.

      A presença de Huang em Pequim acontece dois dias após a Nvidia anunciar que o governo Donald Trump ou a exigir uma licença especial para exportação de seu chip H20 à China. Desenvolvido especialmente para contornar as sanções anteriores do governo Joe Biden, o H20 agora também está bloqueado, o que representa uma perda expressiva para a companhia. Segundo comunicado da Nvidia divulgado na terça-feira (14), a medida pode custar US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 33 bilhões) em receitas somente neste trimestre. As ações da empresa reagiram com queda de 6,8% na Bolsa de Nova York.

      Com a proibição, a Nvidia corre o risco de perder espaço no disputado mercado de chips para inteligência artificial na China, onde a Huawei vem ganhando terreno com seu chip Ascend 910C, considerado tecnicamente comparável ao H20. Empresas locais, como a DeepSeek, já adotaram o produto chinês e têm desafiado o domínio norte-americano com modelos de IA mais íveis e de código aberto.

      A sanção do governo Trump é de duração indefinida, com a justificativa de que o H20 “pode ser usado para desenvolver supercomputadores” em solo chinês. A medida segue a política de contenção tecnológica adotada por Washington diante da rápida ascensão da China no setor de inteligência artificial e computação de alto desempenho.

      A visita de Huang também levanta especulações sobre os próximos os da Nvidia no país asiático. Nos comentários da publicação no Weibo, usuários chineses sugerem que o executivo “abra uma fábrica na China”, já que não poderá mais vender o chip diretamente. Outros ironizaram a ausência da clássica jaqueta de couro preta que ele costuma usar em eventos públicos, afirmando que até o item teria sido alvo de sanções.

      Recentemente, Huang se reuniu com o ex-presidente Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, e teria prometido ampliar os investimentos industriais nos Estados Unidos. Informações extraoficiais apontaram que o CEO buscava um meio de contornar o bloqueio ao chip H20, mas a nova restrição deixa claro que a pressão sobre a Nvidia continua intensa.

      Com cerca de 13% de sua receita anual (US$ 17 bilhões, ou R$ 100 bilhões) proveniente da China, a Nvidia enfrenta agora o desafio de preservar sua posição no maior mercado global de tecnologia, enquanto tenta manter boas relações com Washington. 

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