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      Hamas está inclinado a apoiar proposta de cessar-fogo, mas exige garantias de que Israel não retomará guerra genocida

      Proposta elaborada por Steve Witkoff prevê cessar-fogo de 60 dias com troca de reféns e prisioneiros

      (Foto: Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O Hamas não rejeitou o acordo de cessar-fogo proposto pelos EUA, que prevê uma pausa de 60 dias nos combates em Gaza em troca da libertação de reféns e prisioneiros. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal The Times of Israel, mas em nota, o representante Bassem afirmou que  “a proposta não responde a nenhuma das demandas do nosso povo”, disse. Segundo ele, o plano “perpetua a ocupação e continua a matança e a fome — mesmo durante o período de trégua temporária”. Ainda assim, confirmou que a liderança do grupo está examinando o documento e não deseja descartá-lo imediatamente.

      Fontes próximas às negociações apontaram que o Hamas pretende propor alterações. Entre as exigências estão uma cláusula determinando que as tropas israelenses se retirem para as posições mantidas ao fim do último cessar-fogo, em março, além de condições claras para a distribuição de ajuda humanitária com base em padrões internacionais, o que representaria um desafio direto à atuação da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos EUA e Israel.

      O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fez declarações ambíguas sobre o acordo. Manifestou apoio "básico" à nova proposta de cessar-fogo elaborada pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff. 

      Durante encontro com familiares de reféns na quinta-feira (29), Netanyahu afirmou estar "preparado para prosseguir com a proposta", segundo o site de notícias Axios. O Canal 12, de Israel, acrescentou que o premiê disse às famílias que "aceita basicamente" o documento apresentado pelos EUA. No entanto, também enfatizou que "não estava pronto para encerrar a guerra sem eliminar o Hamas", o que coloca em dúvida a disposição israelense de buscar um cessar-fogo permanente.

      De acordo com o conteúdo do esboço confirmado ao The Times of Israel, o Hamas libertaria dez reféns vivos e devolveria os corpos de outros dezoito em troca da libertação de 125 palestinos condenados por terrorismo — incluindo presos perpétuos —, 1.111 detidos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, além da devolução de 180 corpos atualmente em posse de Israel. As Forças de Defesa de Israel (IDF) também se retirariam de algumas áreas específicas, com os detalhes da retirada a serem definidos em negociações paralelas.

      O principal ponto de divergência, no entanto, diz respeito à cláusula do acordo que trata da transição para um cessar-fogo permanente. O Hamas teme que, como no acordo anterior assinado em janeiro, Israel utilize brechas no texto para reiniciar os combates. A proposta de Witkoff estabelece que negociações para um cessar-fogo permanente devem ser concluídas em até 60 dias, com possibilidade de prorrogação apenas se ambas as partes concordarem e estiverem negociando "de boa-fé".

      A cláusula 10 do texto afirma: “A negociação sobre os arranjos necessários para um cessar-fogo permanente deve ser concluída em 60 dias. Após o acordo, os reféns restantes (vivos e mortos) da 'lista de 58' fornecida por Israel serão libertados.” Já a cláusula 11 estabelece que os países mediadores — EUA, Egito e Catar — “garantirão que o cessar-fogo continue pelo período de 60 dias e por qualquer extensão acordada” e que “discussões sérias” ocorrerão sobre os arranjos para a paz definitiva.

      O texto final reforça ainda o compromisso do governo dos EUA em manter as negociações até um desfecho. “Os Estados Unidos e o presidente Trump estão comprometidos em trabalhar para garantir que as negociações de boa-fé continuem até que um acordo final seja alcançado”, diz o documento.

      As negociações permanecem delicadas. A inclusão de mapas detalhados de retirada do exército israelens durante a trégua ainda precisa ser negociada antes que o acordo seja formalizado. Além disso, a proposta atual prevê ajuda humanitária por meio da ONU, mas não exclui a possibilidade de participação da GHF, criticada por organizações internacionais por não responder adequadamente à crise humanitária em Gaza.

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