França e Itália convocam embaixadores israelenses após disparos contra diplomatas na Cisjordânia
Ataque em Jenin, durante visita oficial de delegação europeia, é classificado como "inaceitável" por autoridades sas e italianas
247 - Tensões diplomáticas entre Israel e países europeus se intensificaram após soldados israelenses dispararem "tiros de advertência" próximos a uma delegação de diplomatas estrangeiros em visita à cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
O ataque, que não resultou em feridos, provocou reações imediatas de França e Itália, que convocaram os embaixadores israelenses para prestar esclarecimentos.
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, classificou o episódio como "inaceitável" e anunciou que o embaixador israelense será chamado para explicar o ocorrido. Barrot confirmou que um diplomata francês integrava a delegação atingida pelos disparos.
A delegação, composta por representantes de aproximadamente 25 países, incluindo Egito, Jordânia, Espanha, Reino Unido e Canadá, realizava uma visita organizada pela Autoridade Palestina para avaliar a situação humanitária na região.
O Exército de Israel alegou que os diplomatas desviaram de uma rota previamente autorizada e se aproximaram de uma zona de conflito ativo, o que teria motivado os tiros de advertência. Posteriormente, as Forças de Defesa de Israel expressaram pesar pelo ataque e prometeram fornecer informações detalhadas às nações envolvidas.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também condenou o episódio, afirmando que ameaças contra diplomatas são "inaceitáveis" e que o embaixador israelense em Roma foi convocado para fornecer esclarecimentos.
Outros países europeus, como Alemanha, Bélgica, Espanha, Irlanda e Portugal, manifestaram indignação e exigiram explicações formais de Israel. A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, declarou que "qualquer ameaça à vida de diplomatas é inaceitável" e pediu responsabilização pelos envolvidos.
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina acusou Israel de violar o direito internacional e as normas diplomáticas, rejeitando a justificativa israelense de que os diplomatas teriam se desviado da rota autorizada. A pasta afirmou que a delegação estava em missão oficial para observar e documentar a situação humanitária em Jenin.
Este ataque ocorre em meio a uma escalada de operações militares israelenses na Cisjordânia, especialmente em Jenin, onde confrontos frequentes entre forças israelenses e grupos armados palestinos têm sido registrados desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
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