Em resposta a Macron, ministro da Defesa de Israel diz que irá construir "Estado judaico" na Cisjordânia
Israel Katz reage à fala de Macron sobre reconhecimento da Palestina e anuncia expansão de assentamentos em território palestino ocupado
Em meio ao crescente isolamento internacional da política de ocupação israelense, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou nesta sexta-feira (30) que o país seguirá com a construção de um “Estado judaico” na Cisjordânia ocupada. A declaração foi feita após o presidente da França, Emmanuel Macron, classificar o reconhecimento da Palestina como um “dever moral” e uma “exigência política”.
As declarações de Katz, segundo a agência ANSA, ocorreram durante uma visita a um assentamento no norte da Cisjordânia, região que é amplamente reconhecida pela comunidade internacional como parte do território destinado à criação de um futuro Estado palestino, conforme resoluções da ONU e acordos internacionais.
Ao lado de colonos, o ministro israelense foi direto em sua resposta ao líder francês. “É uma mensagem clara a Macron e a seus amigos: reconheçam um Estado palestino no papel, e nós construiremos aqui um Estado judaico”, afirmou. “O papel será jogado na lata de lixo da história, e o Estado de Israel vai prosperar e florescer”, acrescentou em seguida, de acordo com a reportagem.
Na véspera, o governo de Israel já havia anunciado a autorização para a criação de 22 novos assentamentos em áreas ocupadas da Cisjordânia — decisão que foi amplamente condenada pela maioria dos países e organizações internacionais. A medida é vista como mais um o rumo à anexação de terras destinadas à Palestina e um obstáculo concreto à solução de dois Estados, proposta considerada central para a resolução do conflito israelense-palestino.
As ações de Israel ocorrem em um momento de crescente pressão diplomática, especialmente por parte de países europeus que defendem o reconhecimento da Palestina como resposta às contínuas violações do direito internacional por parte do governo israelense.
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