Dia do Trabalhador: Trump é alvo das manifestações ao redor do mundo
Manifestações em diferentes países misturam pautas trabalhistas com protestos contra governos e políticas internacionais, especialmente dos Estados Unidos
247 - O Dia do Trabalho, celebrado nesta quinta-feira (1º), foi marcado por uma onda de protestos em diversas partes do mundo. Trabalhadores saíram às ruas para reivindicar direitos, denunciar retrocessos e criticar políticas econômicas e sociais de seus governos — com foco especial no presidente americano Donald Trump, acusado de fomentar instabilidade global com sua agenda tarifária. As infomrações são do jornal O Globo.
Nos Estados Unidos, berço da data, a cidade da Filadélfia foi palco de manifestações em defesa dos imigrantes. Cartazes e discursos denunciaram a perseguição promovida por Trump durante seu governo e os efeitos de suas políticas na vida de comunidades vulneráveis.
Na Europa, o tom de insatisfação também se repetiu. Na França, sindicatos denunciaram a “trumpização” da política global — termo que ou a simbolizar uma onda conservadora e antitrabalhista. Em Paris, mais de 100 mil pessoas participaram dos protestos, de um total de 300 mil em todo o país, de acordo com o sindicato CGC. A mobilização teve momentos de tensão: em alguns pontos da capital, a polícia utilizou gás lacrimogêneo para conter os manifestantes.
Em Turim, na Itália, um boneco representando Donald Trump circulou pelas ruas como símbolo de rejeição à influência americana sobre a economia europeia. Já em Taiwan, o presidente Lai Ching-te defendeu medidas de estímulo à economia local para enfrentar os impactos negativos das tarifas impostas pelos EUA.
Na Ásia, os protestos ganharam contornos diversos. No Japão, os trabalhadores pediram reajustes salariais e o fim da guerra na Ucrânia. Na Indonésia, o presidente prometeu erradicar a pobreza, durante um ato com grande participação popular em Jacarta.
A Turquia, por outro lado, viveu um dos episódios mais tensos do 1º de Maio. Cerca de 400 pessoas foram presas em Istambul, após tentarem realizar manifestações na Praça Taksim, símbolo histórico das lutas sociais no país. Segundo a Associação de Advogados Progressistas, a repressão foi severa. “O número de prisões que chega até nossa célula de crise ultraa 400”, informou a entidade pela rede social X. Desde os protestos de 2013 no Parque Gezi, o governo turco tem proibido concentrações na região.
Em Cuba, o Dia do Trabalho foi celebrado com uma grande marcha na Praça da Revolução, em Havana — a primeira de grande porte desde 2022. Médicos e profissionais de saúde abriram o desfile carregando faixas com slogans como “Abaixo o bloqueio!”, “Ninguém se rende aqui!” e “Viva Cuba livre!”. O ato serviu como resposta direta às sanções econômicas dos EUA e ao que o governo cubano classificou como uma “campanha perversa” contra suas brigadas médicas. O presidente Miguel Díaz-Canel e o líder revolucionário Raúl Castro, de 93 anos, estiveram presentes.
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