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      "Essa gente conspira contra o Brasil", diz James Onnig sobre articulação nos EUA para sancionar Alexandre de Moraes

      Para James Onnig, sanções dos EUA a Moraes revelam articulação da extrema direita global para desestabilizar instituições brasileiras

      (Foto: Reuters | Divulgação)
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Durante sua participação no programa Boa Noite 247, o professor de geopolítica James Onnig fez duras críticas à articulação de parlamentares dos Estados Unidos com figuras da extrema direita brasileira, em especial à tentativa de impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A fala do professor abordou os riscos dessa movimentação para a soberania do Brasil e as consequências diplomáticas que podem surgir caso a iniciativa prospere.

      Segundo Onnig, trata-se de uma ofensiva coordenada por um consórcio entre a extrema direita global e grandes plataformas digitais, cujo centro operacional estaria atualmente baseado em Washington. "Esse ataque [...] tentando [...] sancionar o Alexandre de Moraes, vindo dos Estados Unidos, tem um intuito", afirmou. "Essa extrema direita internacional, que hoje tem seu quartel-general em Washington, vai fazer de tudo para ajudar a extrema direita brasileira a voltar ao poder".

      Para ele, a ameaça de sanções representa não apenas uma afronta à autonomia do Judiciário brasileiro, mas uma estratégia simbólica de intimidação. “Eu não acho que ele [Marco Rubio] vai tocar para frente isso, mas fica ali a sinalização”, explicou. O gesto político, ainda que não produza efeitos jurídicos imediatos, carrega o peso da tentativa de deslegitimação do STF. O professor também destacou a reação rápida do governo brasileiro. “O presidente Lula imediatamente [...] pediu ao Itamaraty que respondesse de maneira clara e contundente que não aceita qualquer intervenção de fora em decisões da justiça do nosso país”.

      Onnig fez críticas incisivas ao papel do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teria viajado aos EUA para articular junto à ala trumpista do Partido Republicano ações contra o ministro Moraes. "No papel ele foi para lá porque está se licenciando, mas na prática ele foi para lá para conspirar contra as instituições brasileiras", denunciou. “Essa gente conspira contra o Brasil. [...] O que eles querem é subordinação. E isso eles não vão obter”.

      A menção ao senador Marco Rubio (Republicano da Flórida), que lidera a proposta de sanção, também foi abordada com ênfase. "O deputado da Flórida que fez essa inquisição ao Mark Rubio está prestando um serviço a um integrante da família Bolsonaro, como se fosse um balcão de negócios", ironizou Onnig. Segundo ele, essa manobra "diminui muito a representatividade do Congresso americano".

      Para o professor, esse movimento não é isolado e se insere num contexto internacional de avanço de forças reacionárias que operam com forte apoio algorítmico e da desinformação promovida nas redes. "Já teve [patrocínio de big techs em eventos do PL] duas vezes, no ano ado e nesse ano", revelou. “Isso mostra claramente o jogo que nós estamos jogando”.

      Ao comentar o impacto diplomático de uma eventual sanção formal a Alexandre de Moraes, Onnig foi taxativo: “Eu diria que é nitroglicerina pura. É uma situação que vai obrigar o governo brasileiro a tomar [...] uma postura muito séria na defesa das instituições brasileiras”. Ele pondera que não há paralelo histórico nas relações entre Brasil e Estados Unidos com essa magnitude. “Não existe similaridade com isso. Jamais, nunca ouvi falar coisa parecida. Mas, acontecendo isso, sem dúvida, nós vamos estar no auge da crise”.

      Por fim, James Onnig criticou a lentidão das instituições brasileiras diante do episódio. “As lideranças da Câmara, do Senado, elas precisam se pronunciar. Tem que ter um pronunciamento do Congresso Nacional sobre isso. Isso não pode ficar assim”, afirmou. Em sua avaliação, o episódio é parte de uma tentativa mais ampla de sufocar a soberania brasileira: “Como ele [Eduardo Bolsonaro] não consegue fechar com jipe e dois soldados, ele vai lá e agora começa a fazer esse tipo de atitude vergonhosa”. Assista: 

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