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      Centrais sindicais rompem trégua e miram Galípolo em protesto contra juros altos

      Dirigentes de CUT, Força Sindical, UGT e CTB criticam presidente do BC e convocam ato nesta terça na Paulista contra possível nova alta da Selic

      Centrais sindicais promoveram em 18 de março um protesto em diversas cidades do país pedindo a redução da taxa básica de juros (Selic) (Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Diante da insatisfação crescente com a condução da política monetária, centrais sindicais decidiram romper o silêncio e intensificar a pressão sobre o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Segundo a Folha de S. Paulo, um ato está marcado para esta terça-feira (6), às 10h, em frente à sede do Banco Central na Avenida Paulista, em São Paulo. O protesto será realizado por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, Intersindical e Pública — todas entidades alinhadas com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

      Apesar desse apoio, os sindicalistas têm feito questão de diferenciar o governo federal da atual política monetária. “Hoje, as centrais apoiam o governo Lula, mas a alta taxa de juros não tem relação com o governo. O nosso foco é o Banco Central”, afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

      Frustração com Galípolo - A decepção dos sindicalistas se concentra especialmente em Gabriel Galípolo, indicado ao comando do Banco Central pelo próprio presidente Lula após a gestão de Roberto Campos Neto. Havia a expectativa de uma mudança de postura com a nova presidência da autarquia, o que, segundo os dirigentes, não se concretizou.

      “Desde o presidente anterior do Banco Central [Roberto Campos Neto] estamos sofrendo com os juros elevadíssimos, havia a expectativa que mudasse com o novo presidente [Gabriel Galípolo], mas estamos em um caminho perigoso”, lamentou Miguel Torres. “Isso afeta bastante o investimento na produção”.

      Copom na mira - A insatisfação tem como pano de fundo a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para esta semana, quando há expectativa de nova alta na taxa básica de juros (Selic), que pode ar dos atuais 14,25% para 14,75% ao ano. 

      Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, não há justificativa para manter a política de juros elevados. Ele cita o próprio Boletim Focus — divulgado pelo Banco Central — segundo o qual economistas do mercado financeiro aram a projetar redução da Selic pela primeira vez neste ano.

      “A gente esperava que [Galípolo] tivesse uma mentalidade nova, não há razão para a taxa chegar neste patamar. Há outras maneiras de combater a inflação, quando aumenta os juros penaliza toda a economia”, afirmou Nobre.

      “O prejudicado, sempre, é o trabalhador” - O presidente da UGT, Ricardo Patah, também reforçou as críticas e acusou a diretoria do Banco Central de estar alheia à realidade da população. “No ano ado, nós batemos no Banco Central, imaginávamos que fossem mudar a interpretação e tem sido a mesma coisa. O prejudicado, sempre, é o trabalhador”, declarou.

      Já Adílson Araújo, presidente da CTB, foi ainda mais contundente. “As previsões do Gabriel Galípolo estão fora da curva. É um contrassenso patrocinar um engessamento do desenvolvimento e da produção industrial”, disse. Ele também ironizou a relação entre o Banco Central e o mercado financeiro: “avisa ao Galípolo que o 'Deus Mercado' não sabe e está pouco preocupado com o custo do arroz e do feijão no supermercado".

      O tom duro adotado pelas lideranças sindicais indica o fim de um período de trégua com a nova gestão do Banco Central. A manifestação desta terça deve marcar o início de uma nova fase de confronto público com a autoridade monetária, às vésperas de mais uma possível elevação da taxa de juros.

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