Delegado da PF e Gonet também podem ser alvo de sanções dos EUA

247 - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o delegado Fabio Schor, da Polícia Federal, estão entre os possíveis alvos de sanções por parte dos Estados Unidos, informa a CNN Brasil. Na quarta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções pela Lei Magnitsky.

Gonet e Shor foram incluídos nos relatórios enviados ao Departamento de Estado e ao Departamento do Tesouro dos EUA, acusados de colaborar para a suposta violação de direitos humanos e perseguição política no Brasil, a partir das investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado para tentar manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. Paulo Gonet foi o responsável pela denúncia apresentada ao STF, enquanto Fabio Shor conduziu as investigações na Polícia Federal. A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília afirmou em nota que "não se posicionaria sobre o assunto".

Criada em 2012, durante o governo de Barack Obama, a Lei Magnitsky permite ao governo norte-americano punir indivíduos de qualquer país envolvidos em violações graves de direitos humanos. Um dos casos mais emblemáticos foi o do ex-presidente da corte eleitoral da Nicarágua, Roberto Rivas Reyes, acusado de fraudes e autoritarismo.

As punições previstas incluem congelamento de contas nos EUA, proibição de entrada no país para o investigado e seus familiares, além da proibição de qualquer tipo de relação comercial com empresas e cidadãos americanos.

A expectativa é de que a decisão final seja tomada ainda no segundo semestre deste ano, antes mesmo da conclusão do julgamento no STF sobre os responsáveis pela tentativa de golpe. Além de Moraes, membros da Primeira Turma do Supremo também estariam no alvo do governo americano.