Após recusar assumir ministério, líder do União Brasil diz que partido vai 'seguir ajudando' o governo na Câmara
"O governo sabe da determinação do União Brasil em ajudá-lo, com bastante diálogo com a ministra Gleisi e o presidente Lula", disse o deputado Pedro Lucas
247 - Após recusar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério das Comunicações, o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA), tentou minimizar qualquer sinal de atrito com o Palácio do Planalto, afirmando que a bancada do partido seguirá "ajudando" o governo na Casa. As informações são do jornal O Globo.
A recusa de Pedro Lucas ao cargo foi justificada por ele como sendo necessária para preservar a coesão da bancada do União Brasil, que apresenta divisões internas, com uma parte significativa de seus membros defendendo o distanciamento da gestão petista. Para piorar, a maioria dos deputados da sigla assinou um requerimento de urgência para um projeto que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, um tema que o governo federal tenta minimizar e manter em segundo plano.
"Não tem ruído com o governo, a construção é feita com o diálogo permanente com o governo. O governo sabe da determinação do União Brasil em ajudá-lo, com bastante diálogo com a ministra Gleisi e o presidente Lula. A bancada do União Brasil saiu fortalecida”, disse o parlamentar, de acordo com a reportagem.
Após o desconforto gerado pela recusa, o presidente Lula optou por aceitar uma nova indicação, desta vez do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A indicação foi para um nome técnico: Frederico de Siqueira Filho, presidente da Telebras, que foi confirmado para o comando do Ministério das Comunicações. Com a base governista fragilizada e enfrentando resistência dentro do União Brasil na Câmara, o governo agora aposta em estreitar relações com o presidente do Senado para evitar maiores dificuldades de governabilidade.
Ainda de acordo com a reportagem, nesta quarta-feira (24), Alcolumbre e Siqueira Filho se reuniram com o presidente Lula no Palácio do Planalto para discutir os próximos os da pasta. Eles foram acompanhados pelo ex-ministro Juscelino Filho, que teve que deixar o cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares, e por Pedro Lucas, que havia recusado o convite no dia anterior.
A decisão de nomear Frederico de Siqueira Filho foi confirmada tanto pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, quanto por auxiliares do Planalto. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que também esteve no Palácio do Planalto para discutir a PEC da Segurança Pública, foi informado sobre a escolha. Durante a reunião, três nomes foram apresentados a Lula para o ministério, mas Frederico se destacou como o principal candidato técnico para assumir a pasta.
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