Haddad defende crescimento com menos impulso fiscal e mais investimento privado
Ministro afirma que a economia brasileira tem tudo para ser impulsionada por consumo das famílias e investimentos das empresas
(Reuters) - O Brasil pode fazer uma troca em vetores de crescimento econômico, com menor impulso fiscal e mais investimentos privados, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em evento promovido pelo J.Safra, em São Paulo, Haddad afirmou que a economia brasileira tem tudo para ser impulsionada por consumo das famílias e investimentos das empresas.
“Não precisamos de impulso maior do que esse para crescer, pelo contrário, acho que esses são os impulsos corretos para crescer com sustentabilidade”, afirmou.
“Não estamos falando de um ajuste recessivo, o Brasil tem condições de se arrumar sem comprometer as possibilidades de crescimento futuro.”
Haddad afirmou ser “ruim a responsabilidade fiscal ser uma atribuição exclusiva do Executivo”, citando decisões tomadas no ado pelo Legislativo e o Judiciário que deterioraram as contas públicas.
No evento, ele voltou a afirmar que o novo cenário geopolítico -- com a guerra comercial aberta pelos Estados Unidos -- deve dar impulso ao acordo firmado entre Mercosul e União Europeia.
O ministro acrescentou ter visto da França, um dos países resistentes ao acordo, que ainda precisa ser validado pelos países membros, “uma abertura maior” ao avanço das tratativas.
Ele disse ainda que deve ir esta semana para a Califórnia divulgar o plano nacional de data centers, que busca ampliar investimentos no país.
Mais cedo a Reuters informou que o governo enviará ao Congresso medida para desonerar de tributos federais os investimentos em tecnologia da informação de data centers, segundo disseram quatro fontes.
(Por Bernardo Caram, reportagem adicional de Camila Moreira)
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