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      Israel cerca Flotilha da Liberdade, navio com brasileiro a bordo que levava ajuda humanitária a Gaza

      Greta Thunberg, a parlamentar palestino-sa Rima Hassan, o brasileiro Thiago Ávila e outros ativistas estão à bordo da embarcação humanitária

      Israel ataca Flotilha da Liberdade (Foto: Reprodução X / Fepal)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247, com informações da Fepal – A tensão no Mediterrâneo Oriental atingiu um novo patamar neste domingo (8), com a abordagem de forças navais de Israel ao iate Madleen, embarcação civil que compõe a chamada Flotilha da Liberdade, organizada pela Freedom Flotilla Coalition (FFC). O barco, que transporta um grupo internacional de ativistas, entre eles o brasileiro Thiago Ávila, a jovem sueca Greta Thunberg e a parlamentar palestino-sa Rima Hassan, foi cercado por cinco lanchas militares israelenses em águas internacionais, segundo informou a relatora especial da ONU para os Direitos Humanos na Palestina, sca Albanese.

      A informação foi compartilhada por Albanese em tempo real, às 23h18 (horário do Reino Unido), pelas redes sociais. “Estou online com a flotilha. Eles acabaram de ser alcançados pelas lanchas israelenses – 5 embarcações circulando a flotilha. O capitão está instruindo a equipe a permanecer calma e sentada, com seus aportes e coletes salva-vidas. Eu os ouço conversando com soldados israelenses enquanto digito... dizendo que estão carregando ajuda humanitária e que vão em paz”, relatou.

      A bordo do Madleen, Thiago Ávila alertou o Brasil 247, às 17h53, sobre o risco iminente de interceptação. “As ameaças estão intensas. A guerra cibernética desabilitou nosso sistema de navegação. Devem cortar comunicação com o mundo a qualquer hora. Só um milagre impede Israel de cometer um crime de guerra, nos sequestrar e tomar o barco e a ajuda humanitária”, afirmou o ativista.

      O barco partiu da Sicília, na Itália, na última sexta-feira (6), com destino à Faixa de Gaza, levando um carregamento simbólico de mantimentos — arroz, fórmula infantil e suprimentos médicos — em protesto contra o bloqueio imposto por Israel ao território palestino. A missão tem como objetivo denunciar o cerco humanitário imposto à população de Gaza, que enfrenta, desde outubro de 2023, uma ofensiva militar devastadora.

      A resposta do governo israelense foi imediata e agressiva. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou na rede X (ex-Twitter) que instruiu as Forças de Defesa de Israel (IDF) a impedir que o “navio do ódio” — como se referiu ao Madleen — alcance Gaza. Em mensagem direta aos ativistas, escreveu: “Para a antissemita Greta e seus colegas porta-vozes da propaganda do Hamas, digo claramente: voltem – vocês não chegarão a Gaza”.

      Em nota, a FFC respondeu com veemência às ameaças. “Não seremos intimidados. O mundo está observando”, afirmou a porta-voz Hay Sha Wiya. Ela enfatizou que o Madleen é um “navio civil, desarmado e navegando em águas internacionais, transportando ajuda humanitária e defensores dos direitos humanos de várias partes do mundo. Israel não tem direito de obstruir nosso esforço para chegar a Gaza”.

      Segundo informações da rede britânica Sky News, a embarcação encontra-se a cerca de 160 milhas náuticas da costa de Gaza. A coalizão denuncia ainda que o sistema de GPS do navio foi sabotado, sendo temporariamente redirecionado para a Jordânia — indício claro de guerra eletrônica para desorientar a missão.

      A ameaça de interceptação forçada reacende lembranças do trágico episódio de 2010, quando comandos israelenses mataram 10 civis ao abordar o navio turco Mavi Marmara, também parte de uma flotilha de ajuda à Gaza. Desta vez, fontes militares israelenses ouvidas pelo Jerusalem Post indicaram que a marinha pretende “assumir o controle do navio com calma, levá-los para Israel e deportá-los ainda na mesma noite”.

      Desde os ataques de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns em território israelense, a ofensiva de Israel em Gaza já provocou mais de 54 mil mortes, de acordo com dados do Ministério da Saúde local, istrado pelo Hamas. A ONU e organizações internacionais vêm denunciando o agravamento da crise humanitária e a destruição de infraestrutura civil essencial.

      A Flotilha da Liberdade, neste contexto, representa uma ação simbólica, mas de forte carga política, que desafia diretamente a narrativa militarizada do governo israelense. A presença de figuras internacionais como Greta Thunberg e Rima Hassan reforça o caráter global do protesto. “Estamos preparados para a possibilidade de um ataque”, declarou a FFC, em tom firme.

      Com as comunicações prestes a serem cortadas e o cerco militar em curso, cresce a apreensão pela segurança dos ativistas a bordo. O mundo assiste, mais uma vez, à brutalidade com que ações civis e pacíficas podem ser recebidas quando confrontam a lógica do bloqueio, da ocupação e da guerra. A história está em desenvolvimento.

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