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      Lula defende ação global pelos oceanos e critica omissão dos países ricos

      Lula destacou a centralidade da questão oceânica para o desenvolvimento global

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Em discurso neste domingo (8), durante o encerramento do Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a falta de compromisso das nações ricas com o financiamento do desenvolvimento sustentável e pediu ações concretas para preservar os oceanos. A fala, feita no Dia Mundial dos Oceanos, antecipa o tom que o líder brasileiro levará à Terceira Conferência da ONU sobre os Oceanos, em Nice, de 9 a 13 de junho. As informações são do Planalto.

      Lula destacou a centralidade da questão oceânica para o desenvolvimento global e advertiu que a negligência internacional ameaça diretamente o futuro do planeta. “Ou agimos ou o planeta corre risco”, resumiu, ao lembrar que os mares movimentam mais de 80% do comércio mundial, gerando cerca de US$ 2,6 trilhões por ano. Ainda assim, o presidente alertou para a falta de recursos no setor: “O ODS 14 é um dos objetivos com menor financiamento de toda a Agenda 2030”.

      O presidente denunciou a contradição entre discursos e práticas adotadas por países desenvolvidos. “Em 2024, países ricos reduziram em 7% a assistência oficial ao desenvolvimento. Suas despesas militares, em contrapartida, aumentaram 9,4%. Isso mostra que não falta dinheiro. O que falta é vontade política”, afirmou.

      Com quase 8 mil quilômetros de costa e uma biodiversidade marinha entre as mais ricas do mundo, o Brasil busca protagonismo nos debates ambientais. A realização da COP30 em Belém, no Pará, em 2025, reforça esse papel. Lula prometeu que a conferência será um marco para reverter promessas descumpridas, como o compromisso de limitar o aquecimento global a 1,5ºC.

      O presidente também cobrou reformas nas instituições multilaterais de crédito, propondo medidas como a troca de dívida por desenvolvimento e a ampliação do uso de direitos especiais de saque. “As instituições financeiras internacionais têm papel central. Insistimos na necessidade de contar com bancos multilaterais melhores, maiores e mais eficazes”, declarou.

      Lula elogiou a meta da Organização Marítima Internacional de zerar as emissões de carbono na navegação até 2050, mas disse que ainda falta uma ação global à altura da crise da poluição marinha. “É preciso avançar com o tratado sobre biodiversidade em águas internacionais e com medidas vinculantes para acabar com a poluição por plásticos”, defendeu.

      A agenda ambiental do Brasil também será destaque na presidência do G20 e na próxima Cúpula do BRICS, que ocorrerá em julho, no Rio de Janeiro. Segundo Lula, o Novo Banco de Desenvolvimento do bloco já destinou mais de US$ 2,6 bilhões para projetos relacionados a água e saneamento.

      Em seu discurso, o presidente fez questão de apresentar ações concretas do Brasil no combate à degradação dos oceanos. Ele citou a Bolsa Verde, que beneficia mais de 12 mil famílias que protegem áreas marinhas, e a carteira do BNDES voltada à economia azul, com mais de US$ 70 milhões em investimentos. “Financiamos projetos de planejamento espacial marinho, conservação costeira e descarbonização da frota naval e infraestrutura portuária. Estamos recuperando manguezais e recifes de coral, investindo na pesca sustentável e na gestão de recursos hídricos”, afirmou.

      Encerrando sua fala, Lula apelou para o senso de coletividade ao cobrar uma mobilização global: “O planeta não aguenta mais promessas não cumpridas. Não há saída isolada para os desafios que requerem ação coletiva”. Para o presidente, a preservação dos oceanos deve ser tratada como prioridade política, econômica e ética diante da crise climática global.

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