Guimarães: debate sobre IOF está indo 'muito bem': 'o ajuste fiscal sustentável dará mais estabilidade ao Brasil'
Segundo o líder do governo na Câmara, o projeto do governo proporciona um cenário mais favorável para a 'realização dos investimentos necessários ao país'
247 - Líder do governo federal na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE) afirmou nesta terça-feira (3) que líderes dos poderes Executivo e Legislativo estão indo “muito bem” nas discussões sobre o aumento do IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. De acordo com o parlamentar, o “ajuste fiscal sustentável se tornará mais robusto e possibilitará mais estabilidade para realização dos investimentos necessários ao país”.
“O debate sobre o IOF tem fluido muito bem. O diálogo entre o Presidente, Lula, o Presidente Davi Alcolumbre, o Presidente Hugo Motta, o Ministro Fernando Haddad e sua equipe, mais os líderes dos partidos das duas casas, leva à construção de medidas estruturantes, perenes, para melhorar ainda mais a organização das contas públicas”, escreveu Guimarães na rede social X.
“O diálogo franco, democrático, e o compartilhamento de decisões, têm sido fundamentais para construção de consensos na tomada de decisões. Quanto mais diálogo mais acertos. É o que estamos fazendo”, acrescentou.
Além de congelar R$ 31,3 bilhões do Orçamento deste ano, a equipe econômica padronizou as alíquotas do IOF e incluiu novos setores no tributo para reforçar o caixa do governo. De acordo com o Ministério da Fazenda, as medidas visam reforçar o caixa em R$ 20,5 bilhões este ano e em R$ 41 bilhões em 2026 com impactos apenas nas empresas e nos contribuintes mais ricos, evitando uma limitação do funcionamento da máquina pública.
O Congresso Nacional deu um prazo de 10 dias para o governo federal apresentar uma alternativa ao aumento das alíquotas do IOF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as propostas com alternativas para o aumento do imposto serão encaminhadas a parlamentares na próxima semana. Entidades de bancos e da indústria afirmaram que a tributação pode causar prejuízos para a economia, como diminuição de investimentos.
Entenda
Para cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais, cheques de viagem, as alíquotas aumentam de 3,38% para 3,5%. O percentual sobe de 1,1% para 3,5% para compras de dólar, euro e outras moedas em espécie.
Outras operações não especificadas de câmbio: O IOF sobe de 0,38% para 3,5% na saída de recursos. No caso de empréstimo externo de curto prazo, serão pagos 3,5% (havia isenção do imposto).
Os planos de previdência do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) tinham isenção, mas precisarão pagar 5% para aportes acima de R$ 50 mil por mês.
Não existe mudança para compras em sites internacionais, como AliExpress e Shein, mas, de acordo com o governo, se a compra for paga com cartão de crédito internacional, incidirá IOF de 3,5%, e não de 3,38% atualmente.
Todas as medidas previstas na proposta do governo incidem sobre as seguintes áreas:
- Cartões de crédito e débito internacionais
- Compra de moeda em espécie
- Cartão pré-pago internacional, cheques de viagem para gastos pessoais
- Crédito para empresas
- Crédito para empresas do Simples Nacional
- Crédito para MEIs
- Empréstimo externo de curto prazo
- Operações não especificadas
- Previdência complementar Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)
- Remessa de recurso para conta do contribuinte brasileiro no exterior para investimento
- Remessas para conta de brasileiro no exterior sem finalidade de investimento
- Transferências para aplicações de fundos no exterior
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