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      Azul critica recuperação judicial, mas acaba pedindo proteção contra falência nos EUA

      Após negar repetidamente a necessidade de recorrer ao Chapter 11, companhia aérea brasileira se rende à crise e tenta reestruturação na Justiça

      Avião da Azul decola do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro - 17/01/2025 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A companhia aérea Azul SA pediu proteção contra falência nos Estados Unidos, após anos tentando evitar esse desfecho. A informação foi divulgada pela agência Bloomberg, que relembra as tentativas da empresa de se manter fora de processos judiciais, mesmo em meio à pressão cambial e aos efeitos persistentes da pandemia da Covid-19.

      Em entrevista concedida em agosto, o CEO da Azul, John Peter Rodgerson, rejeitou publicamente a possibilidade de pedir recuperação judicial. “Quem se beneficia de um processo de Chapter 11 não são os parceiros — são os advogados, os consultores”, afirmou à época. A fala soava como um compromisso com a manutenção da operação fora dos tribunais. No entanto, na semana ada, a realidade se impôs: após uma série de renegociações de dívidas e aportes financeiros, a Azul recorreu formalmente à Justiça de Nova York para obter proteção judicial.

      A reviravolta marca um novo capítulo na trajetória da companhia fundada em 2008, com uma frota inicial de jatos da Embraer e o objetivo de se tornar uma versão brasileira de baixo custo da JetBlue. De promessa de inovação regional, a Azul ou a integrar uma longa lista de companhias aéreas latino-americanas que sucumbiram às turbulências do setor nos últimos anos.

      A crise enfrentada pela Azul não é isolada. Na América Latina, diversas empresas do setor aéreo recorreram ao Chapter 11 da legislação americana, abaladas por fatores como inflação elevada, juros altos e ausência de apoio governamental durante a pandemia. No Brasil, os impactos foram intensificados pela diferença entre as receitas em real e os custos em dólar, como leasing de aeronaves, combustível e dívidas com credores estrangeiros.

      O caso da Gol Linhas Aéreas Inteligentes ilustra a fragilidade estrutural do setor. Após dez operações para reorganizar ivos ou levantar capital, a companhia também pediu proteção judicial nos EUA, em janeiro de 2024. A Gol seguiu o mesmo caminho trilhado em 2020 pela LATAM Airlines, Avianca Holdings e Grupo Aeroméxico.

      Apesar do pedido de recuperação judicial, a Azul afirmou em comunicado que suas operações não serão interrompidas. “A Azul continua voando – hoje, amanhã e no futuro”, garantiu Rodgerson na nota à imprensa.

      Especialistas, porém, alertam que a instabilidade da aviação brasileira pode afastar investidores. “Os desafios persistentes no setor podem esfriar o entusiasmo e aumentar a cautela dos investidores”, avaliou Alex Dray, diretor de pesquisa de mercados emergentes da Gimme Credit.

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