B3 excluirá ações da Azul de todos os índices após pedido de recuperação judicial nos EUA
Companhia aérea entrou com pedido de Chapter 11 e será retirada do Ibovespa e de outros 17 índices após o pregão de 29 de maio
247 - A B3 anunciou nesta quarta-feira (28) que as ações da Azul S.A. (AZUL4) serão excluídas de todos os seus índices a partir do encerramento do pregão regular de amanhã, quinta-feira (29). A informação foi publicada em reportagem do Valor Econômico com base em fato relevante divulgado pela própria companhia aérea, que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do chamado Chapter 11 da Lei de Falências americana.
Segundo a bolsa brasileira, a decisão está de acordo com o Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3. A medida afeta diretamente a participação da Azul em índices importantes como o Ibovespa (IBOV), IBrX (IBXX), IBrA (IBRA), IGCX, IGCT, IVBX, ITAG, SMLL, IBXL, IDVR, IBHB, IBBR, IBEP, IBEW, IBBE e IBBC. Todos os papéis da empresa serão retirados das respectivas carteiras com base no valor de fechamento de 29 de maio, e suas participações serão redistribuídas proporcionalmente entre os demais ativos componentes dos índices, com os devidos ajustes técnicos.
As ações da Azul refletiram imediatamente o impacto da notícia, encerrando o pregão desta quarta-feira em forte queda de 3,74%, cotadas a R$ 1,03. No mesmo dia, o índice Ibovespa registrou leve retração de 0,47%, fechando aos 138.888 pontos.
Com a saída dos índices, os valores mobiliários da Azul am a ser negociados na B3 sob a classificação de "Outras Condições", o que indica uma situação atípica de negociação diante da nova conjuntura da empresa. A companhia ainda não detalhou publicamente os próximos os de seu processo de reestruturação financeira.
O pedido de recuperação judicial da Azul nos EUA tem como objetivo reestruturar dívidas e manter as operações enquanto renegocia compromissos com credores. A utilização do Chapter 11 é uma estratégia comum de empresas que operam em múltiplas jurisdições e buscam proteger seus ativos internacionais, sobretudo no caso de companhias aéreas fortemente afetadas por oscilações no mercado global.
A decisão da B3 representa mais um capítulo no momento delicado vivido pela companhia aérea, que enfrenta desafios para manter a sustentabilidade financeira de suas operações. Investidores e analistas de mercado devem acompanhar de perto os desdobramentos do processo de recuperação judicial e os impactos sobre o setor aéreo brasileiro.
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