PGR pedirá prisão de Carla Zambelli após fuga do país
Deputada bolsonarista condenada a 10 anos de prisão pelo STF por invadir sistema do CNJ afirma que deixou o Brasil "há alguns dias"
247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), segundo informações obtidas pelo UOL. A medida ocorre após a parlamentar ter anunciado que deixou o Brasil, dias depois de ser condenada pela Primeira Turma do STF a dez anos de prisão e à perda do mandato.
Caberá agora ao Supremo avaliar o pedido da PGR e decidir se autoriza a prisão. Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (3), Zambelli confirmou que não se encontra em território nacional. “Estou fora do Brasil há alguns dias”, declarou a deputada, sem revelar seu paradeiro.
A condenação de Zambelli decorre da acusação de que ela teria invadido ilegalmente os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela foi condenada a cumprir uma pena de 10 anos e 8 meses de prisão. Além da pena de prisão, a parlamentar também foi sentenciada à perda do mandato, o que ainda aguarda os trâmites regimentais da Câmara dos Deputados.
O advogado Daniel Bialski, que até então era responsável pela defesa da deputada, comunicou sua saída do caso. “Fui apenas comunicado pela deputada que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde”, afirmou, em nota. No entanto, informou que está se desligando do caso “por motivo de foro íntimo”.
Zambelli teve seu aporte devolvido recentemente, o que impede, por ora, que seja considerada formalmente foragida. No entanto, ministros do STF avaliam que, se ficar comprovado que a saída do país teve como objetivo burlar o cumprimento da pena, ela poderá ter a prisão preventiva decretada e ser incluída na lista de procurados da Interpol.
A bolsonarista responde a mais de 20 ações judiciais, entre elas o caso em que foi flagrada com uma arma de fogo perseguindo um homem nas ruas de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022. A deputada nega irregularidades e afirma ser alvo de perseguição política.
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