Zambelli pode ser incluída na lista de procurados da Interpol, avaliam ministros do STF
Condenada a 10 anos, deputada deixou o Brasil sem previsão de retorno e pode ser alvo de prisão preventiva e inclusão na lista da Interpol
247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecem o movimento de fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao viajar com o objetivo de escapar das consequências legais de sua condenação a 10 anos e 8 meses de prisão. A parlamentar deixou o Brasil nesta terça-feira (3), apenas 20 dias após ser sentenciada pela Corte a dez anos de prisão por participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As informações são do g1.
Zambelli teve seu aporte devolvido recentemente, o que impede, por ora, que seja considerada formalmente foragida. No entanto, ministros do STF avaliam que, se ficar comprovado que a saída do país teve como objetivo burlar o cumprimento da pena, ela poderá ter a prisão preventiva decretada e ser incluída na lista de procurados da Interpol.
Até o momento, a deputada não divulgou seu destino nem informou quando pretende retornar. Declarou apenas que “se baseará na Europa”. A ausência de detalhes oficiais reforça, entre os ministros, a percepção de que a viagem não foi motivada por razões políticas ou diplomáticas, mas por uma tentativa individual de evitar a Justiça.
Isolada politicamente, Zambelli não conta com o apoio do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Parte de seus aliados atribui à deputada a responsabilidade por episódios que desgastaram a campanha à reeleição, como o caso em que ela perseguiu um homem armada nas ruas de São Paulo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
A movimentação de Zambelli, segundo os ministros ouvidos, assemelha-se à do deputado Eduardo Bolsonaro, que também buscou apoio internacional recentemente. Mas, diferentemente do colega de partido, Zambelli já enfrenta condenação criminal e é alvo de investigações conduzidas pela Polícia Federal.
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