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      Bolsonarista Marcos Rogério tenta calar Marina Silva e é enquadrado: 'não sou mulher submissa'

      Em audiência no Senado, a ministra do Meio Ambiente foi alvo de interrupções e ataques de cunho machista vindos de senadores da oposição

      Ministra Marina Silva, senador Marcos Rogério e o secretário-executivo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), João Paulo Capobianco (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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      247 - Durante audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado nesta terça-feira (27), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, protagonizou um episódio marcado por tensão, interrupções e ataques de cunho machista vindos de senadores da oposição. Segundo o g1, o conflito se intensificou quando Marina reagiu às constantes intervenções do presidente da comissão, o senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO), que a interrompia repetidamente. 

      Visivelmente desconfortável, a ministra protestou contra a condução da sessão e afirmou que foi ofendida por declarações anteriores do senador Omar Aziz (PSD-AM). Após ter tido o microfone cortado por Marcos Rogério, a ministra reagiu: “o senhor gostaria que eu fosse uma mulher submissa. E eu não sou”.

      A fala de Marina provocou a ira do presidente da comissão, que elevou o tom e reagiu com agressividade. “Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar”, disse o parlamentar. A frase, dita em meio a gritos de repúdio no plenário, foi posteriormente “reformulada” por Rogério, que alegou ter se referido ao “lugar de ministra de Estado”. Ainda assim, a tensão não arrefeceu.

      Marina, no entanto, manteve-se firme diante das investidas. “Sou uma mulher de luta e de paz. Mas nunca vou abrir mão da luta. Não é pelo fato de eu ser mulher que vou deixar as pessoas atribuírem a mim coisas que não disse”, declarou, em defesa de sua postura e do cargo que ocupa.

      Ainda conforme a reportagem, o clima se deteriorou ainda mais com a intervenção do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que acusou Marina de “confundir as coisas” e proferiu uma frase de teor discriminatório: “A mulher merece o respeito, a ministra, não”, disse. Marina então relembrou um episódio anterior envolvendo o mesmo senador, que, após uma sessão no Senado, afirmou que tinha vontade de enforcá-la. “Por que não? O senhor que disse que queria me enforcar”, retrucou. Diante da recusa de Valério em se retratar, a ministra anunciou o encerramento de sua participação e deixou a audiência.

      O início da discussão se deu quando o senador Omar Aziz atacou a gestão de Marina à frente da pasta do Meio Ambiente, questionando os dados apresentados por ela e insinuando que o Congresso aprovaria novas regras de licenciamento ambiental mesmo contra a sua vontade. “Se essas coisas não andarem, a senhora terá responsabilidade”, advertiu.

      Apesar das frequentes interrupções de Marcos Rogério e do próprio Aziz, Marina afirmou que atua de acordo com os preceitos legais e em defesa das futuras gerações. Aziz, por sua vez, elevou o tom e acusou a ministra de falta de ética. “A senhora não tem esse direito”. Ele chegou a dizer que Marina estaria “atrapalhando o desenvolvimento do nosso país” e afirmou que “tem mais de 5 mil obras paradas no Brasil”. Ao final da sessão, o senador ainda acusou Marina Silva de apresentar “dados ambientais falsos”, sem, no entanto, apresentar comprovação.

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