"Afronta inaceitável à soberania do Brasil", diz Lindbergh sobre possível sanção dos EUA a Moraes
"Brasil deve repudiar com firmeza qualquer tentativa de intervenção externa em sua vida institucional”, enfatizou líder do PT na Câmara
247 – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, criticou a tentativa de sanção dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), supostamente estimulada pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro e pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. Para o petista, trata-se de “uma afronta inaceitável à soberania do Brasil”.
“Um país estrangeiro não pode se arvorar no direito de julgar ou punir um membro da mais alta Corte brasileira por suas decisões judiciais”, escreveu na rede social X.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (28), após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciar restrições de vistos para autoridades estrangeiras acusadas de serem “cúmplices de censura a norte-americanos”.
Ainda nesta semana, Moraes abriu um inquérito criminal contra Eduardo Bolsonaro, depois que o Ministério Público Federal acusou o deputado licenciado de defender que autoridades estadunidenses apliquem sanções a ministros do STF. O pedido atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
“Entre os dias 11 e 15 de fevereiro, Eduardo Bolsonaro esteve em Washington com o deputado republicano Richard McCormick, pedindo a revogação do visto de Moraes — uma clara articulação para pressionar e constranger o STF”, disse Lindbergh. “Essa prática é antidemocrática, interfere nos assuntos internos do Judiciário brasileiro e desrespeita o princípio da separação dos Poderes.”
O petista ainda defendeu que o Brasil reaja com firmeza a qualquer tentativa de interferência externa.
“Não se trata de defender pessoas, mas instituições. O Supremo Tribunal Federal não pode ser alvo de chantagens internacionais orquestradas por parlamentares que agem como agentes de interesses estrangeiros. O Brasil deve repudiar com firmeza qualquer tentativa de intervenção externa em sua vida institucional”, enfatizou em publicação.
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