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      Entenda os cinco pilares da posição chinesa diante do bullying de Donald Trump

      Pontos foram explicitados pelo embaixador no Brasil, Zhu Qingqiao, em encontro com jornalistas e pesquisadores

      Embaixador chinês Zhu Qingqiao (Foto: Marcelo Tavares (Log Produções & Filmes) / Brasil 247)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em meio ao acirramento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, apresentou nesta quarta-feira a posição de seu país diante das recentes sanções unilaterais impostas pelo governo de Donald Trump em seu segundo mandato. As declarações foram feitas em encontro com jornalistas e pesquisadores em Brasília.

      Zhu detalhou os cinco pilares centrais da resposta chinesa à chamada “guerra tarifária” desencadeada por Washington. Em sua fala, o diplomata não apenas criticou a estratégia unilateral dos Estados Unidos, como também destacou a visão global de Pequim baseada na construção de um sistema internacional mais equitativo, inclusivo e multilateral.

       “O trabalho diplomático deve construir mais ‘pontes’ e menos ‘muros’. As relações internacionais seguem o mesmo princípio: quanto mais pontes de comunicação, mais cooperação; quanto mais muros de isolamento, mais conflitos”, afirmou o embaixador logo na abertura do encontro.

      Os destaques do discurso do embaixador Zhu Qingqiao:

      1. Regras

       A guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos ataca, primordialmente, o sistema multilateral de comércio baseado em regras e a ordem comercial internacional que se sustenta nesse sistema. (...) A ruptura do multilateralismo é o verdadeiro risco. (...)

      2. Direitos

       Para compensar seus déficits comercial e fiscal, a Casa Branca não optou por reformas estruturais internas, mas empunha o porrete das tarifas para chantagear e explorar outros países. (...) Isso representa a privação do direito ao desenvolvimento de outras nações.

      3. Equidade

       As tarifas ditas “recíprocas”, apesar do nome, não correspondem à realidade. (...) Tomemos o Brasil como exemplo: os Estados Unidos mantêm superávit no comércio de mercadorias e ainda maior no de serviços. Que justificativa existe para impor mais 10% das chamadas tarifas “recíprocas”?

      4. Credibilidade

       Uma grande potência deve comportar-se como tal, não como vemos atualmente. (...) Quem pode confiar em qualquer acordo firmado com os Estados Unidos quando eles rasgam acordos bilaterais e multilaterais?

      5. Solidariedade

       O tarifaço não é uma guerra comercial bilateral contra a China, mas uma declaração de guerra comercial dos Estados Unidos contra numerosos países. (...) “Ninguém é tão forte quanto todos nós juntos”, disse o embaixador, citando um provérbio brasileiro.

      Resiliência e perspectiva da economia chinesa

      Zhu também reiterou que a China está preparada para enfrentar os desafios impostos pela política comercial dos EUA:

       “Esta não é a primeira vez que os Estados Unidos iniciam uma guerra tarifária e a China se vê forçada a responder. (...) A base econômica chinesa é suficientemente sólida e sua resiliência é forte o bastante para enfrentar a situação.”

      Segundo ele, apesar do cenário adverso, a economia chinesa cresceu 5,4% no primeiro trimestre do ano, superando as expectativas.

       “A China não deseja este conflito, pois uma guerra tarifária não tem vencedores, mas também não a teme. (...) Qualquer tentativa de intimidação só fortalecerá a união do povo chinês para superar as dificuldades.”

      Conclusão: unidade e cooperação global

      Ao encerrar sua fala, o embaixador destacou a importância da união entre nações que compartilham valores semelhantes e defendeu uma ação conjunta para preservar a ordem internacional baseada em regras:

       “Vence quem tem unidade de propósito. E prospera quem enfrenta as adversidades em conjunto. (...) Com a cooperação mais estreita entre a China e países que compartilham os mesmos ideais, como o Brasil, não há tempestade que não possamos vencer.”
       “Quem realmente deveria se preocupar são os Estados Unidos. Como observou Adam Posen, (...) a escalada com a China pode ser o equivalente econômico da Guerra do Vietnã para os Estados Unidos. Esta perspectiva merece a nossa reflexão.”

      A firmeza da resposta chinesa revela não apenas um posicionamento estratégico diante da guerra comercial, mas também uma tentativa de liderar uma coalizão internacional contra o isolacionismo e a hegemonia unilateral. O Brasil, com sua defesa histórica do multilateralismo, emerge como parceiro estratégico nesse novo cenário geopolítico.

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