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      Chanceleres do BRICS encaminham declaração por reforma da governança global e reforço do multilateralismo e da paz

      "Defendemos a diplomacia em vez do confronto e a cooperação em vez de unilateralismo”, afirmou o chanceler Mauro Vieira em encontro do BRICS

      Mauro Vieira - Rio de Janeiro-RJ - 28/04/2025 (Foto: Isabela Castilho/BRICS Brasil)
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      247 - O primeiro dia da reunião de chanceleres do BRICS, no Rio de Janeiro (RJ), nesta segunda-feira (28), finalizou alinhada a uma percepção comum: a cooperação multilateral é a resposta para a promoção da paz e do desenvolvimento diante dos desafios impostos pelo crescente unilateralismo nas relações internacionais. 

      Abordagem das crises globais e regionais; Reforma das instituições internacionais para uma governança mais inclusiva e sustentável; e Papel do Sul Global no reforço do multilateralismo foram os temas guia dos três painéis de debate. 

      O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no discurso de abertura dos trabalhos, salientou a posição única do grupo para promoção do diálogo e reforçou a igualdade soberana das nações. 

      “O BRICS como grupo reconhece os interesses estratégicos e os legítimos interesses econômicos e de segurança de cada membro, tanto em suas respectivas regiões quanto em todo o mundo. Isso faz parte da nossa contribuição para uma distribuição justa de poder nos assuntos globais, condição para que a paz, o desenvolvimento e a sustentabilidade sejam alcançados. Defendemos a diplomacia em vez do confronto e a cooperação em vez de unilateralismo”, afirmou Vieira.

      A reunião se inscreve na história do grupo como a primeira agenda oficial de ministros das Relações Exteriores do BRICS após a expansão do grupo. 

      Levando em conta a composição plena que durou quatorze anos (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o aumento de países, membros e parceiros, implicados formalmente nos objetivos de cooperação do Sul Global, é de 300%. 

      Na terça-feira (29), os ministros devem finalizar e publicizar uma declaração conjunta, que subsidiará a Declaração Final do BRICS em 2025. 

      Em defesa da paz

      Outro tema que marcou a fala de Vieira foi o apelo pela paz, citando situações de conflito em diversas regiões do globo. 

      Em 2023, o mundo registrou um número recorde de 183 conflitos, o maior em décadas, com guerras e confrontos intra e entre nações. Esse número representa um pico sem precedentes nos últimos 30 anos, aproximando-se dos índices da época da guerra fria. 

      “O sofrimento humano jamais deve ser instrumentalizado. O BRICS deve continuar a defender um sistema humanitário global neutro, despolitizado e genuinamente universal. O caminho para a paz não é fácil nem linear, mas o BRICS pode e deve ser uma força para o bem, não como um bloco de confronto, mas como uma coalizão de cooperação”, disse o ministro e coordenador dos trabalhos da reunião.

      Destacou-se a deterioração das condições de segurança humanitária e econômica no Haiti, a escalada das tensões no Sudão e na região dos Grandes Lagos africanos, o impacto do conflito na Ucrânia e o cenário devastador nos territórios palestinos ocupados.

      Em relação à Ucrânia, o ministro enfatizou a urgência de uma solução diplomática que respeite os princípios da Carta das Nações Unidas e recordou  o “Grupo de Amigos da Paz”, criado em setembro do ano ado, por iniciativa de Brasil e China, em Reunião de Alto Nível de Países do Sul Global em Nova York, Estados Unidos da América.

      Quanto à situação na Palestina, o embaixador voltou a condenar a obstrução contínua da ajuda humanitária à Gaza e a retomada dos bombardeiros israelenses. 

      Vieira demarcou a necessidade de assegurar a retirada total das forças israelenses de Gaza, bem como a libertação de todos os reféns. O Brasil é signatário da solução de dois Estados, com o Estado da Palestina independente e viável dentro das fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital.

      No domingo (27), data que antecedeu a reunião, o ministro Vieira recebeu seus homólogos da Indonésia (Sugiono), da Rússia (Sergey Lavrov), Tailândia (Maris Sangiampogsa) e Uganda (Abubakher Jeje Odongo), e na manhã desta segunda, da Etiópia (Gedion Timothewos).

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