Mauro Vieira: BRICS reconhece interesses legítimos dos membros frente ao avanço do unilateralismo
Chanceler também destacou a importância da defesa do multilateralismo diante da nova situação global
247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o mundo enfrenta uma grave crise e desafios urgentes. Os países do BRICS, sob a presidência brasileira do bloco, irão defender seus interesses econômicos e de segurança legítimos diante dessa nova situação internacional, declarou.
"Esta reunião acontece em um momento em que nosso papel como grupo é mais vital do que nunca. Enfrentamos crises globais e regionais convergentes, com emergências humanitárias, conflitos armados, instabilidade política e a erosão do multilateralismo. Essas crises desafiam os próprios fundamentos da paz e da segurança internacionais e exigem um compromisso renovado com a ação coletiva", disse Vieira na reunião de ministros das Relações Exteriores do BRICS, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (28).
Vieira, que abriu a reunião, ressaltou a importância crescente do BRICS no debate sobre os grandes temas globais e na defesa do multilateralismo diante dos desafios impostos pelo unilateralismo.
"A expansão do BRICS fortaleceu nossa plataforma para responder a esses desafios. Com onze estados-membros representando quase metade da humanidade e uma ampla diversidade geográfica e cultural, o BRICS está em uma posição única para promover a paz e a estabilidade baseadas no diálogo, no desenvolvimento e na cooperação multilateral", acrescentou.
"Estamos unidos por uma crença comum: a paz não pode ser imposta, deve ser construída. Ela deve se basear na inclusão, no respeito ao direito internacional e na igualdade soberana dos Estados. O BRICS, como grupo, reconhece os interesses estratégicos e os legítimos interesses econômicos e de segurança de cada membro, tanto em suas respectivas regiões quanto em todo o mundo. Isso faz parte da nossa contribuição para uma distribuição justa de poder nos assuntos globais, condição para que a paz, o desenvolvimento e a sustentabilidade sejam alcançados. Defendemos a diplomacia em vez do confronto e a cooperação em vez do unilateralismo", pontuou o chanceler.
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