Eduardo Leite diz que PSDB está “deixando de existir” e insiste em candidatura presidencial: "aspiração pessoal"
O governador do RS diz ser uma “terceira via” para 2026 e criticou a aproximação de Tarcísio de Freitas com o bolsonarismo
247 - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou em entrevista ao InfoMoney que o PSDB, partido no qual é filiado é 24 anos, está “deixando de existir". Leite confirmou que deve sair da sigla, que discute uma fusão com o Podemos, e afirmou que pode se filiar ao PSD.
“O PSDB a que eu me filiei há 24 anos está deixando de existir. Tomou-se uma decisão de fazer uma fusão com o Podemos e, provavelmente, essa fusão vai ensejar um novo nome, um novo número, uma nova marca, um novo programa partidário. O PSDB, no formato que historicamente se apresentou para a população brasileira, está saindo do cenário. Vai ser um novo partido”, declarou.
“O PSD é um partido que acabou sendo o destino de vários tucanos. Boa parte dos membros do partido tem uma visão de mundo muito semelhante ao que nós no PSDB sempre buscamos apresentar. Nós estamos dialogando, estamos conversando”, completou.
O governador voltou a afirmar que quer ser candidato à Presidência nas eleições de 2026 e se posicionar como uma “terceira via”. “Eu tenho a aspiração pessoal, eu tenho disposição e me sinto preparado para liderar uma candidatura. Mas eu não coloco a minha aspiração pessoal à frente de um projeto de país, e esse projeto de país é que a gente vai ter que intensificar a discussão ao longo dos próximos meses”. O PSD, provável destino de Leite, já tem como pré-candidato o governador do Paraná, Ratinho Júnior.
Ao ser questionado sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Leite disse ter divergências em relação ao bolsonarismo. “Eu tenho uma ótima relação com o governador Tarcísio, compartilhamos de muitas convergências, como em termos de privatizações, de reformas. Temos também diferenças, principalmente da relação que ele tem com o ex-presidente Bolsonaro e na defesa dele de anistia para quem participou daqueles atos no 8 de janeiro”, explicou.
“Entendo que deva haver uma dosimetria diferente das penas, mas as pessoas têm que ter uma consequência. Quem defende responsabilização de criminosos não pode defender que quem foi lá e arrebentou com espaços públicos relevantes da República, como o Supremo Tribunal Federal como o Palácio Planalto, seja anistiado. Eles defendem a polícia dura contra alguns, mas quando quebra tudo, se for do campo político deles, não vai ter consequência nenhuma? Está errado”, concluiu.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: