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      "A direita está formando uma frente ampla contra Lula", diz Rui Costa Pimenta

      Presidente do PCO denuncia ofensiva da burguesia para isolar Lula, critica a falsa democracia liberal e alerta para os riscos da política identitária

      Rui Costa Pimenta e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em entrevista concedida à TV 247, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, fez uma análise contundente do cenário político nacional e internacional. Abordando temas como imperialismo, cancelamento, guerra e repressão, Rui afirmou que está em curso uma operação política para isolar o presidente Lula por meio da construção de uma “frente ampla da direita”, articulada com setores da burguesia e apoiada por forças imperialistas.

      “A frente ampla que está se formando é contra o Lula, e não contra o fascismo, como querem fazer parecer. O PT caiu nessa armadilha”, afirmou Rui. Segundo ele, essa movimentação repete um padrão histórico em que os setores supostamente democráticos da burguesia acabam colaborando com forças autoritárias para conter avanços populares.

      Democracia em colapso e repressão global

      Rui iniciou a conversa criticando a recente decisão da Justiça alemã de classificar o partido alemão AfD como “extremista”. Para ele, esse tipo de ação revela a falência dos direitos democráticos nas democracias liberais. “Você não pode simplesmente rotular um partido legal, com representatividade eleitoral, como extremista. Isso é a abolição dos direitos democráticos”, afirmou. Segundo o dirigente, a democracia ocidental está em colapso, e a repressão a a ser usada como mecanismo central de controle social.

      Ele relacionou a repressão europeia às guerras promovidas pelo imperialismo, como no caso da Ucrânia e da Faixa de Gaza, onde os governos ocidentais, sob o pretexto da democracia, apoiam ações violentas e genocidas. “Os democratas participaram da maior carnificina da história, na Primeira Guerra Mundial. É um mito vê-los como humanitários”, disse.

      O cancelamento como instrumento político

      Um dos pontos centrais da entrevista foi a crítica ao fenômeno do cancelamento. Rui avaliou que, embora haja uma reação popular crescente a esse mecanismo, ele ainda permanece como uma ferramenta poderosa de repressão ideológica. “O cancelamento virou um instrumento de luta política. O caso do professor Alysson Mascaro é claramente político”, denunciou.

      Ele apontou a aliança entre setores do identitarismo e o imperialismo como um dos fatores que alimentam essa ofensiva. “O identitarismo funciona como cobertura de esquerda para uma política reacionária. Eles atacam qualquer tentativa de desenvolvimento nacional”, observou.

      Greenpeace, Margem Equatorial e a sabotagem ao Brasil

      Rui também comentou o recente protesto do Greenpeace contra a JBS e a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Classificou a ação como parte de uma campanha internacional contra o desenvolvimento do Brasil. “O Brasil é o único país onde não se pode explorar petróleo. Isso faz parte de um plano de terra arrasada”, declarou. Segundo ele, essas campanhas ambientalistas seletivas visam impedir o crescimento das economias periféricas enquanto os grandes poluidores, como os Estados Unidos, seguem intocados.

      Ao ser questionado sobre as áreas mais sensíveis ao controle imperialista no Brasil, Rui foi taxativo: “O principal setor dominado é o da repressão — Forças Armadas e Polícia Federal”. Ele relatou o caso de um palestino impedido de entrar no Brasil como exemplo da submissão da PF à lógica do imperialismo. 

      União Brasil e o retorno da Arena

      No plano interno, Rui alertou para a recomposição da direita em torno de um novo partido, nascido da aliança  entre União Brasil e PP, que reatualiza a antiga Arena da ditadura. “É uma frente da burguesia que se estrutura para 2026. E Lula, se não romper com esse sistema, corre o risco de ficar com os destroços da chamada democracia”, disse. Ele também comentou a possível filiação de Eduardo Leite a esse novo bloco e lembrou que, historicamente, os democratas colaboraram com o fascismo na Itália e na Alemanha.

      No encerramento da entrevista, Rui traçou um cenário pessimista para as eleições de 2026. Para ele, a burguesia se articula para lançar um plano semelhante ao de Javier Milei na Argentina, com apoio da mídia e do capital financeiro. “Se esse projeto avançar, será um dos maiores desastres da história brasileira”, alertou. Assista:

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