MPT vai investigar condições de trabalho de funcionários em fábrica de fantasia que pegou fogo no Rio
Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas, 12 delas gravemente, na Maximus Confecções
247 - O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) iniciou nesta quarta-feira (12) uma investigação preliminar para apurar as condições de trabalho na fábrica de fantasias Maximus Confecções, localizada no bairro de Ramos, na Zona Norte da cidade, informa o g1. O incêndio, que atingiu a empresa nesta manhã, deixou ao menos 22 feridos, sendo 12 em estado grave, a maioria por queimaduras nas vias aéreas devido à inalação de fumaça.
Em nota, o MPT-RJ informou: "O MPT-RJ autuou com urgência uma Notícia de Fato (NF) para apurar as condições de trabalho na fábrica onde ocorreu um incêndio na manhã desta quarta-feira (12/02), em Ramos."
A Maximus Confecções é uma das empresas mais requisitadas pelas escolas de samba das divisões de o, mas a tragédia expôs graves falhas nas condições de segurança e trabalho no local. O Corpo de Bombeiros confirmou que a fábrica estava com documentação irregular, o que aumenta a preocupação sobre as condições de trabalho e segurança enfrentadas pelos funcionários.
O fogo, que chegou a se alastrar para prédios residenciais vizinhos, foi controlado por volta das 10h20, quando não havia mais fumaça no quarteirão. No entanto, o resgate das vítimas foi marcado por cenas dramáticas. O Bom Dia Rio, da TV Globo, acompanhou o momento em que quatro trabalhadores foram salvos de um local de difícil o. Os ocupantes do prédio haviam se refugiado em uma janela na parte externa dos fundos da fábrica, rodeados por uma espessa nuvem de fumaça negra. A operação de resgate foi dificultada pela estreiteza das agens e pela impossibilidade de aproximar caminhões com escadas magirus.
Bombeiros utilizaram escadas portáteis para retirar os trabalhadores, que estavam em risco iminente de serem atingidos pelas chamas, que se alastrariam para o andar onde estavam. "O risco foi altíssimo. As pessoas estavam em locais onde as chamas poderiam alcançá-las a qualquer momento. Foi um resgate dramático, mas conseguimos tirar todos com vida", declarou um dos bombeiros que participou da operação.
A Delegacia de Homicídios da 21ª DP (Bonsucesso) foi acionada e está investigando as causas do incêndio, enquanto o MPT-RJ segue com as apurações sobre as condições de trabalho na fábrica.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), informou que a Defesa Civil do município interditou totalmente a fábrica e o prédio anexo, após equipes do órgão verificarem que o fogo ocasionou dano à estrutura do prédio anexo e que há risco de desabamento. Além disso, a Secretaria Municipal de Assistência Social está com equipes no local prestando apoio psicológico aos trabalhadores da fábrica, seus familiares e moradores do entorno.
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