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      Condenação de Bretas é só o começo, diz advogado que colaborou com a PGR

      Nythalmar Ferreira afirma que juiz cometeu abusos na Lava Jato e que aposentadoria compulsória é apenas o início de uma necessária revisão de seus atos

      Marcelo Bretas e Conselho Nacional de Justiça (CNJ) (Foto: ABr | CNJ)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A aposentadoria compulsória do juiz federal Marcelo Bretas, determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), deve ser apenas “o primeiro o” para responsabilizar os abusos cometidos durante a condução da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A avaliação é do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, personagem central no processo disciplinar que levou à punição de Bretas. As declarações foram publicadas pela coluna , do jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (4).

      “A decisão de aposentadoria do juiz Bretas é o primeiro o. Precisamos avançar e rever todos os atos de abusos cometidos por ele e pelos procuradores”, afirmou o advogado, que firmou um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) — acordo este que, embora não tenha sido homologado por falta de provas de crimes, embasou os procedimentos istrativos no CNJ.

      Nythalmar denuncia que a atuação do juiz foi marcada por ilegalidades. Segundo ele, Bretas ordenou 806 mandados de busca e apreensão, 70 prisões temporárias e 264 prisões preventivas. “Precisamos lembrar que o Ministério Público denunciou 887 pessoas”, acrescentou, destacando o caráter massivo e, segundo ele, arbitrário das decisões.

      O advogado também criticou a atuação da antiga força-tarefa da Lava Jato, que teria promovido o que chamou de uma “campanha de descredibilização” contra ele. “Há quatro anos, fui vítima de uma busca ilegal e, desde então, venho sofrendo uma campanha de descredibilização orquestrada pelos integrantes da extinta força-tarefa da Lava Jato”, afirmou.

      Embora seu acordo com a PGR não tenha sido validado judicialmente, os relatos prestados por Nythalmar foram considerados importantes para sustentar a ação disciplinar contra Bretas. O CNJ entendeu que o juiz manteve condutas incompatíveis com a magistratura, incluindo comunicações informais e combinadas com advogados e uso político de decisões judiciais.

      Com o avanço das revisões judiciais da Lava Jato, casos como o de Bretas ganham destaque por revelarem bastidores obscuros da operação que marcou profundamente a política e a Justiça brasileira. Para Nythalmar, “o momento exige coragem para rever o que foi feito e restaurar a credibilidade das instituições”.

      A condenação de Bretas, embora não anule automaticamente suas decisões, pode abrir caminho para a reavaliação de centenas de processos, inclusive os que resultaram em prisões ou bloqueios de bens. O debate sobre os excessos da Lava Jato, reacendido por essa decisão do CNJ, promete ainda render desdobramentos no Judiciário e na política.

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