Eduardo Paes: 'Bretas interferiu de maneira ilegal e criminosa nas eleições para o governo do Rio em 2018' (vídeo)
O prefeito disse que o juiz 'usou o aparato do Estado para ameaçar e coagir pessoas'
247 - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou nesta terça-feira (3) que o juiz Marcelo Bretas interferiu de forma “ilegal e criminosa” nas eleições do estado do Rio em 2018. O político do PSD comentou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que decidiu condenar o ex-titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro à aposentadoria compulsória por abusos cometidos durante a Operação Lava Jato.
De acordo com o prefeito, o juiz agiu com “motivação política ao mentir” contra o pessedista em 2018 nas eleições para o governo do estado do Rio. “Eu liderava todas as pesquisas e Bretas usou uma das artimanhas mais covardes que existem: usou o aparato do Estado para ameaçar e coagir pessoas. E obrigou elas a inventar mentiras contra mim”, denunciou Paes. “Pedir a eleição de 2018, mas não perdi minha dignidade”.
Em julho de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as decisões de Bretas no processo contra o atual prefeito, que, na época, foi acusado de corrupção. Na Lava Jato, Bretas reuniu acusações sem provas, com base em delações premiadas da Odebrecht.
Em 2018, quem venceu a eleição para governador do Rio foi Wilson Witzel, com 4.675.355 (59,87%) dos votos válidos. Paes ficou em segundo (3.134.400 votos, ou 40,13%). Em 2021, Witzel, integrante do PSC na época, sofreu um processo de impeachment por acusações de corrupção.
Atualmente, Eduardo Paes está em seu terceiro mandato como prefeito do Rio. Ele tinha sido o chefe do Executivo municipal de 2009 a 2017. Foi secretário de Meio Ambiente da capital, e secretário de Turismo, Esporte e Lazer do estado. O político também foi vereador da cidade e deputado federal.
Lava Jato
Não foi a primeira vez que o país viu uma derrota da operação lavajatista. Em 2021, o mesmo STF declarou suspeição do atual senador Sérgio Moro (UB-PR) e devolveu os direitos políticos do atual presidente Lula (PT).
O então juiz interferiu nas eleições de 2018, ao condenar o petista. Depois o magistrado resolveu ser ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL). Diálogos da Vaza Jato comprovaram que o ex-magistrado interferia na elaboração de denúncias, que devem ser feitas por promotores.
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