Presidente do BRB já fala em valor bem menor na aquisição do Master
Paulo Henrique Costa afirma que apenas ativos alinhados à estratégia do banco entrarão no negócio e que valor pode ser bem inferior a R$ 2 bilhões
247 – O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, sinalizou que o valor da compra de ativos do Banco Master deve ser consideravelmente menor do que os R$ 2 bilhões inicialmente mencionados. A informação foi dada durante conferência de resultados do quarto trimestre da instituição, realizada nesta quinta-feira (10). Segundo Costa, o recuo no preço decorre de ajustes no “perímetro da transação”, que ará a incluir apenas ativos estratégicos e com perfil compatível ao do BRB.
“A diligência neste momento está concentrada na carteira de crédito (…) sim, é provável que o perímetro da transação que virá exclua bem mais que os R$ 23 bilhões que divulgamos em conversas com a imprensa”, declarou Costa, durante a conferência. Ele também destacou que “somente as operações de crédito que estejam alinhadas aos objetivos do novo conglomerado vão ser consideradas como perímetro para o negócio a ser analisado pelo Banco Central”.
Na semana anterior, em entrevista à agência Reuters, o executivo já havia adiantado que a operação envolverá apenas os ativos considerados mais saudáveis e estrategicamente relevantes do Master, e que o preço final poderá ser menor do que o estimado inicialmente. O valor, se confirmado, será pago em até seis anos.
Nesta quinta-feira, Costa detalhou os segmentos do Master que interessam ao BRB: “As operações do Master que nos interessam são as que lidam com segmentos de médias e grandes empresas, cartão de crédito consignado e serviços de câmbio”, disse. Ele foi enfático ao afirmar que “os ativos que não tenham garantias ou perfil de risco alinhados aos do BRB não farão parte” da operação.
Questionado sobre a possibilidade de o BRB assumir participações do Master em empresas não financeiras, como a Oncoclínicas, o presidente do banco respondeu com clareza: “Nenhuma participação em nenhuma empresa que não esteja na atividade bancária faz parte dessa transação”.
Com esse redimensionamento, o BRB reforça a intenção de realizar uma aquisição seletiva e estratégica, priorizando ativos que fortaleçam sua atuação nos segmentos que considera prioritários. A operação ainda depende de aprovação do Banco Central.
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