Ministro do TCU questiona Cedraz sobre INSS: “motivos republicanos?”
O ministro Walton Alencar criticou o fato de as ilegalidades no instituto previdenciário terem sido retiradas de pauta em algumas ocasiões
247 - O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Walton Alencar fez cobranças ao ministro Aroldo Cedraz, relator do processo que apura fraudes de até R$ 6,3 bilhões, quantia desviada do INSS - Instituto Nacional do Seguro Social. Nesta quarta-feira (7), o caso voltou à pauta pela sétima vez no TCU. Alencar cobrou explicações do relator pelas retiradas de pauta. Os relatos foram divulgados na CNN.
“Estou nessa Corte há mais de 30 anos. Nunca vi isso acontecer, a não ser em outro processo do eminente ministro Aroldo Cedraz. O ministro relator precisa justificar se essas retiradas de pauta se justificam por conta das tratativas que então eram realizadas, se era ele que fazia essas tratativas, quem participava dessas tratativas e quais eram os objetivos dessas tratativas, eram objetivos republicanos, altaneiros”, questionou Alencar.
Em resposta, o ministro Aroldo Cedraz afirmou que não “tinha muito” o que esclarecer ao colega. “O Brasil assistiu na última sessão a um quadro que nunca vi nesta casa. Um quadro que foi criado ao longo das semanas anteriores, de como uma estrutura foi montada para que eu pudesse perder a relatoria desse processo”.
Segundo a Controladoria-Geral da República e a Polícia Federal, os desvios bilionários do INSS ocorreram por meio de descontos não autorizados por aposentados e pensionistas, mas que eram istrados por entidades prestadoras de serviço na área da Previdência. Pelo menos 12 instituições estão sendo investigadas.
Em junho de 2024, o TCU já havia determinado a suspensão de novos descontos de associações em aposentadorias e pensões. Mas, de acordo com a CNN, o ministro Aroldo Cedraz está segurando a investigação há mais de um ano. Ainda conforme a reportagem, o magistrado não reconheceu os agravos e embargos de declaração apresentados pelas associações que apresentaram recurso.
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