No PL, Bolsonaro dará palavra final sobre PEC que propõe semipresidencialismo no Brasil

247 - A bancada do PL no Congresso Nacional deverá consultar Jair Bolsonaro (PL) para definir os rumos da proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa instaurar o semipresidencialismo no Brasil. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou à CNN Brasil que o partido aguarda a opinião de Bolsonaro sobre o avanço da PEC no Congresso. Embora a proposta de autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) já tenha apoio de parlamentares, o aval de Bolsonaro deverá ser um fator determinante sobre o tema dentro da legenda.

Sóstenes, que se posiciona pessoalmente contra a alteração no regime de poder, destacou em suas declarações que não considera a ideia vantajosa. "Partidos que têm candidato a presidente da República dificilmente embarcam em projeto que enfraquece o poder e a autonomia do Executivo", afirmou o parlamentar, deixando claro que ainda não analisou a fundo o projeto.

Bolsonaro, por sua vez, já se manifestou publicamente contra o semipresidencialismo no ado, chamando a proposta de "besteira" e "idiota". Durante seu governo, a ideia foi discutida no Congresso, mas não avançou.

Enquanto isso, a resistência ao avanço da PEC também se mantém no campo da esquerda. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que a proposta busca "tirar, da maioria da população, o direito de eleger um presidente com poderes de fato para governar", reafirmando a posição contrária do partido à medida.

Por outro lado, o autor da PEC, Luiz Carlos Hauly, argumenta que a proposta é apartidária e beneficiaria tanto a esquerda quanto a direita. Para ele, a mudança traria agilidade ao governo e autonomia para grandes líderes, como Bolsonaro e Lula, permitindo uma gestão mais eficiente e sem prejuízos à economia ou à população.

"É muito fácil, muito mais ágil, com zero prejuízo para a economia e para a população", declarou Hauly, defendendo a ideia como uma medida positiva para os líderes que enfrentam a responsabilidade de governar o país.