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      Reginaldo Arcuri: farmacêuticas nacionais estão investindo em inovação

      Presidente do Grupo FarmaBrasil destaca papel das políticas públicas e do setor empresarial no fortalecimento da indústria

      (Foto: Log Produções)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Durante a celebração do Dia da Indústria no BNDES, realizada com apoio do Brasil 247, da TV 247 e da Agenda do Poder, o presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, fez uma apresentação contundente sobre o avanço e os desafios da indústria farmacêutica brasileira. 

      Em sua exposição, Arcuri destacou o protagonismo das empresas nacionais no investimento em inovação e o papel decisivo de políticas públicas e da atuação do BNDES no desenvolvimento do setor. No entanto, alertou para um gargalo preocupante: o Brasil registra um déficit de US$ 18 bilhões anuais na balança comercial farmacêutica, puxado principalmente por medicamentos biotecnológicos de alto custo.

      Da dependência à liderança nacional

      Ao comparar dados históricos, Arcuri demonstrou como o cenário se transformou nas últimas décadas. “Em 1998, entre as dez principais empresas do varejo de medicamentos no Brasil, apenas uma era nacional. Hoje, são seis de controle totalmente brasileiro”, afirmou. Para ele, esse salto foi possível graças a uma rara combinação de políticas públicas consistentes e decisões empresariais corajosas. “Não é possível você ter só as políticas de Estado. Você precisa também ter o papel do empresário brasileiro”, enfatizou.

      Entre os marcos históricos, Arcuri mencionou a criação da Anvisa e a implantação da Lei dos Genéricos durante o governo FHC, destacando o papel do então ministro José Serra. “Sem uma agência de regulação sanitária de qualidade, você não tem nada para fazer medicamento”, pontuou.

      BNDES como articulador estratégico

      O dirigente reservou elogios ao papel desempenhado pelo BNDES como formulador e financiador da política industrial farmacêutica. “Aqui é onde você tem um repositório das pessoas, dos conhecimentos e das avaliações que permitem políticas de Estado ajustadas ao setor empresarial”, disse. Ele destacou o histórico de iniciativas como o Profarma, a Política de Desenvolvimento Produtivo (2008), o Programa Brasil Maior e a atual Nova Indústria Brasil.

      Segundo Arcuri, a indústria farmacêutica foi a que mais contratou financiamentos do BNDES, o que demonstra sua importância estratégica.

      Inovação como diferencial competitivo

      Arcuri salientou que as empresas farmacêuticas nacionais estão investindo proporcionalmente mais em pesquisa e desenvolvimento do que as multinacionais, devido à mudança geográfica dos centros de inovação dessas últimas. “Quem está investindo em inovação são as empresas nacionais”, destacou.

      O presidente do Grupo FarmaBrasil citou projetos promissores envolvendo vacinas de RNA mensageiro e terapias gênicas, desenvolvidos em articulação com o setor público e com institutos como o Butantan. “Não adianta você desenvolver medicamento em bancada universitária. Se você não tem registro na Anvisa, é crime vender. A articulação com a indústria é absolutamente fundamental”, explicou.

      O nó da balança comercial

      Apesar dos avanços, Arcuri chamou a atenção para o grave déficit na balança comercial do setor: US$ 18 bilhões anuais, dos quais US$ 7 bilhões em IFAs (Insumos Farmacêuticos Ativos) e US$ 11 bilhões em medicamentos prontos, especialmente biotecnológicos, como anticorpos monoclonais. “Esses medicamentos custam uma fortuna e são comprados basicamente pelo poder público. Alguns custam até R$ 1 milhão por dose”, disse.

      Ele foi direto: “É sim ou sim: o Brasil tem que fabricar esses medicamentos”. A razão é demográfica. “São remédios voltados para doenças de pessoas idosas, e é essa a realidade que o Brasil está vivendo.”

      Políticas de Estado e coordenação com o setor privado

      Encerrando sua apresentação, Arcuri reforçou que o avanço do setor depende da continuidade de políticas de Estado coordenadas com o setor privado. “É necessário coordenação, e é isso que a gente está tendo, mas precisamos acelerar para recuperar o tempo perdido”, concluiu. Assista:

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