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      Vice-ministro russo acusa França, Alemanha e Reino Unido de manterem guerra na Ucrânia

      Alexander Grushko diz que europeus tentam derrotar a Rússia e prolongam deliberadamente o conflito

      Alexander Grushko, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia (Foto: TASS)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Em declarações contundentes à agência russa TASS nesta terça-feira segunda-feira (12), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, acusou França, Alemanha e Reino Unido de agirem para prolongar deliberadamente a guerra na Ucrânia, frustrando iniciativas de negociação e apostando em uma estratégia de enfraquecimento da Rússia.

      "É óbvio que esses países continuam com a política de prolongar o conflito. Se desmistificarmos a duplicidade que usam para enquadrar suas ações políticas, o principal objetivo que buscam é a derrota da Rússia no campo de batalha, o isolamento internacional da Rússia, sua sufocação econômica e a mudança de regime", afirmou o diplomata. "Em todas essas quatro frentes, eles fracassaram completamente. Mas, ainda assim, isso não esfriou seu desejo de alcançar o que desejam", completou.

      Grushko criticou duramente o comportamento político dos líderes europeus, a quem acusou de inconsistência e submissão à orientação política vinda dos Estados Unidos. “Hoje eles dizem uma coisa e amanhã dirão outra. Muitos deles, praticamente todos, sentem a menor mudança nos ventos vindos de Washington. E as velas deste barco da UE estão sendo infladas pelos ventos que sopram do Ocidente”, ironizou.

      Ao comentar declarações recentes do presidente francês, Emmanuel Macron, que rejeitou uma “trégua frágil” na Ucrânia, o vice-ministro russo questionou o conceito: “Uma trégua de 30 dias não é frágil? Então, hoje dizem uma coisa, amanhã dirão outra”.

      Apesar do tom crítico, Grushko afirmou que há sinais de mudança no cenário político europeu. “Vozes de sanidade são ouvidas cada vez mais na Europa. Vimos isso durante os dias em que comemoramos o 80º aniversário da Grande Vitória. Acredito que haverá mais casos como esse”, declarou, fazendo referência às celebrações pelo fim da Segunda Guerra Mundial.

      OTAN como ameaça direta

      Na mesma entrevista, Alexander Grushko também abordou os exercícios militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), especialmente o Thunder Fortress 2025, que começou nesta segunda-feira na Lituânia e vai até 27 de maio, envolvendo cerca de 8 mil soldados de diferentes países.

      Indagado sobre o alvo dos exercícios, Grushko foi categórico: “Contra nós”. Segundo ele, os jogos de guerra da OTAN fazem parte de uma tentativa mais ampla de pressionar militarmente a Rússia, mas Moscou está tomando providências para neutralizar a ameaça.

      "Medidas já estão sendo tomadas. Elas foram anunciadas: dois distritos militares estão sendo restabelecidos e um corpo de tanques está sendo formado na Carélia. Outras medidas serão tomadas conforme julgarmos necessário para neutralizar todas essas tentativas de projetar força na direção da Rússia", explicou.

      De acordo com o vice-ministro, todos os exercícios da aliança atlântica devem ser compreendidos como parte de uma lógica de contenção e preparação para o confronto direto. “Compreendemos tudo isso perfeitamente. Os militares estão acompanhando de perto. E, de qualquer forma, os interesses da nossa segurança e capacidade de defesa serão garantidos”, garantiu.

      As declarações de Grushko refletem o clima de crescente tensão entre a Rússia e os países da OTAN, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia, que se arrasta desde fevereiro de 2022. O governo russo acusa o Ocidente de impedir soluções diplomáticas, enquanto as potências europeias e os Estados Unidos mantêm o apoio militar a Kiev e pressionam por sanções econômicas contra Moscou.

      Enquanto isso, os esforços diplomáticos permanecem travados, com pouca margem para avanços concretos em direção à paz. A proposta russa de negociações em Istambul, mencionada por Grushko, parece ter encontrado resistência nos líderes europeus, que mantêm firme sua política de apoio ao governo ucraniano.

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