União Europeia aprova pacote de 5,5 bi de euros para garantir matérias-primas estratégicas em países como o Brasil
Comissão Europeia quer diversificar fornecimento e fortalecer cadeias industriais com 60 projetos estratégicos
247 - A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (4) a aprovação de 13 novos projetos internacionais voltados à exploração de matérias-primas estratégicas, entre eles um com o Brasil. O pacote envolve um investimento inicial de 5,5 bilhões de euros — o equivalente a R$ 35 bilhões — e tem como foco territórios fora da União Europeia. Além do Brasil, a lista de países e territórios parceiros inclui África do Sul, Canadá, Cazaquistão, Groenlândia, Madagascar, Malawi, Noruega, Nova Caledônia, Reino Unido, Sérvia, Ucrânia e Zâmbia.
Segundo a agência ANSA, o comunicado oficial do poder Executivo do bloco destaca que a iniciativa visa ampliar e diversificar as fontes de suprimento de insumos considerados essenciais para as cadeias industriais e energéticas do continente. Os projetos internacionais se somam a outras 47 iniciativas lançadas em março dentro do território europeu, formando um conjunto de 60 ações estratégicas para impulsionar setores como mobilidade elétrica, energias renováveis, aeroespacial e defesa.
"A Europa necessita de matérias-primas para realizar nossas ambições industriais e climáticas e de cadeias de fornecimento estáveis, seguras e diversificadas", afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Stéphane Séjourné.
Entre os 13 projetos aprovados nesta etapa, 10 são focados na exploração de insumos fundamentais para veículos elétricos, baterias e sistemas de armazenamento, como lítio, níquel, cobalto, manganês e grafite. Outros dois, localizados na África, preveem a extração de terras raras — insumos indispensáveis para a fabricação de ímãs de alta potência, utilizados tanto em turbinas eólicas quanto em motores elétricos.
As demais iniciativas contemplam minerais como cobre, tungstênio e boro, todos com aplicações críticas nas áreas de eletrificação, microeletrônica, e nas indústrias automotiva, aeroespacial e de defesa. O apoio financeiro e técnico às ações será compartilhado entre a Comissão Europeia, os Estados-membros e instituições financeiras da região.
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