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      Ucrânia entrega suas riquezas minerais aos Estados Unidos após ser derrotada na guerra inútil de Zelensky

      Recursos gerados pela exploração mineral vão pagar a reconstrução após uma guerra inútil e desastrosa

      Trump e Zelensky (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O acordo firmado entre Ucrânia e Estados Unidos nesta quarta-feira (30), em Washington, sela um capítulo amargo da guerra: os norte-americanos am a ter o preferencial às riquezas minerais do território ucraniano, em troca de apoio financeiro para reconstrução do país. A informação foi publicada pela Reuters, que destacou o papel decisivo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na promoção do acordo.

      O pacto, assinado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pela vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, formaliza a criação de um fundo conjunto de investimentos. Segundo a Casa Branca, trata-se de uma forma de reconhecer o “apoio financeiro e material significativo” oferecido pelos EUA desde o início da guerra em 2022. Na prática, a medida transforma a devastação provocada pelo conflito em oportunidade econômica para Washington.

      Recursos naturais em troca de promessas

      A Ucrânia, país com vastas reservas de terras raras, urânio, ferro e gás natural, cede aos EUA um o privilegiado aos contratos de exploração mineral, num momento de extrema fragilidade econômica e institucional. Embora o governo ucraniano tenha insistido em que manterá o controle sobre o que será extraído e onde, o fato é que as cláusulas do acordo garantem preferência absoluta aos interesses estratégicos norte-americanos, numa disputa global dominada hoje pela China.

      “Além das contribuições financeiras diretas, o acordo pode também prever novos tipos de assistência — por exemplo, sistemas de defesa aérea para a Ucrânia”, escreveu Svyrydenko na rede X (ex-Twitter). A promessa de ajuda militar, no entanto, não foi confirmada pelo governo dos EUA. O rascunho do tratado, obtido pela Reuters, também não traz garantias concretas de segurança para a Ucrânia, um dos principais objetivos de Kiev.

      Reconstrução bancada com os próprios recursos

      A ironia do acordo está no fato de que os recursos naturais da Ucrânia — alvo indireto da guerra — agora servirão para pagar a própria reconstrução do país, devastado por um conflito que poderia ter sido evitado. A vice-primeira-ministra assegura que não haverá endividamento com os Estados Unidos, mas ite que os lucros da exploração mineral financiarão os projetos estruturais futuros.

      Trata-se de um modelo que lembra esquemas coloniais modernos: uma nação destruída por uma guerra prolongada, forçada a ceder seus ativos estratégicos em nome de uma “ajuda” vinda do principal agente geopolítico envolvido no conflito. O fato de o acordo ter sido assinado após meses de negociações tensas e com entraves de última hora mostra o grau de imposição da nova ordem diplomática imposta a Kiev.

      Guerra, soberania e cinismo diplomático

      Desde sua posse para o segundo mandato, Donald Trump tem adotado uma postura ambígua em relação ao conflito: por um lado, critica os altos custos da ajuda militar à Ucrânia; por outro, busca extrair contrapartidas econômicas claras — como este acordo mineral. Ao comentar a , Trump voltou a afirmar que os Estados Unidos “deveriam receber algo em troca” pelo que investiram na guerra, deixando claro o viés transacional de sua política externa.

      Enquanto isso, a paz prometida segue distante. Trump propôs reconhecer a anexação da Crimeia pela Rússia e sugeriu que outras regiões ucranianas também possam ser entregues, algo que contraria frontalmente a constituição ucraniana. Diante de tamanha pressão, o governo de Volodymyr Zelenskiy se vê encurralado entre ceder à chantagem diplomática ou perder o pouco apoio que ainda resta.

      Um futuro hipotecado

      Em sua declaração pública, Yulia Svyrydenko tentou imprimir otimismo: “O acordo mostra que a cooperação com a Ucrânia ao longo de décadas não apenas é possível, como confiável”. No entanto, o conteúdo do tratado revela um cenário bem menos alentador: o país, encurralado por dívidas morais e compromissos geopolíticos, cede sua soberania econômica em troca de uma promessa vaga de reconstrução.

      Com o novo acordo, os Estados Unidos consolidam sua posição de sócio dominante na reconstrução ucraniana, transformando uma guerra desastrosa em um negócio altamente lucrativo. A Ucrânia, por sua vez, paga o preço duplo de sua destruição: primeiro com o sangue de seu povo, agora com o subsolo de seu território.

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