Trump promete dura repressão à imigração
Trump reiterou a promessa de realizar o maior esforço de deportação da história dos EUA, planejando remover milhões de imigrantes
Reuters - Donald Trump afirmou para milhares de apoiadores entusiasmados que imporia limites rigorosos à imigração já em seu primeiro dia no cargo, prometendo cumprir rapidamente uma das principais promessas de sua campanha presidencial. A declaração foi feita em um comício no domingo, realizado na lotada Capital One Arena, em Washington, um dia antes de assumir novamente o poder.
"Quando o sol se pôr amanhã, a invasão do nosso país terá cessado", declarou ele, sendo ovacionado no evento denominado "Comício da Vitória Make America Great Again". Trump reiterou a promessa de realizar o maior esforço de deportação da história dos EUA, planejando remover milhões de imigrantes, embora especialistas apontem que uma operação dessa magnitude levaria anos e demandaria altos custos.
O discurso de Trump, carregado de promessas ousadas, falsas alegações e declarações inflamadas, lembrou seus comícios de campanha desde sua primeira candidatura em 2016. "Este é o maior movimento político da história americana, e há 75 dias alcançamos a vitória política mais épica que nosso país já viu", disse ele. "A partir de amanhã, agirei com velocidade histórica e enfrentarei todas as crises que nosso país enfrenta".
O evento marcou a primeira grande aparição de Trump em Washington desde 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio por seus apoiadores. Trump afirmou que perdoaria muitas das mais de 1.500 pessoas acusadas ou condenadas em conexão com o ataque.
Promessas e polêmicas - No comício, Trump sinalizou algumas de suas ações planejadas para as primeiras horas do novo mandato, incluindo a revogação de ordens executivas do governo Biden e a adoção de medidas de segurança na fronteira. Entre elas, estão a classificação de cartéis de drogas como "organizações terroristas estrangeiras", a declaração de emergência na fronteira EUA-México e a retomada da política "Permaneça no México", que exige que solicitantes de asilo aguardem no México por audiências nos tribunais dos EUA.
Imigrantes sob risco de deportação demonstraram preocupação, especialmente aqueles que, segundo defensores, são residentes de longa data e têm famílias com membros cidadãos americanos.
Trump também prometeu eliminar "ideologias radicais" das forças armadas e construir um escudo de defesa antimísseis sobre os EUA, embora sem oferecer detalhes. Além disso, anunciou a intenção de divulgar documentos confidenciais relacionados aos assassinatos de John F. Kennedy, Robert Kennedy e Martin Luther King Jr.
Previsão de frio muda planos - Devido à previsão de frio intenso, as festividades de posse, inicialmente programadas para ocorrer ao ar livre, foram transferidas para espaços fechados. A cerimônia de posse ocorrerá na rotunda do Capitólio, com cerca de 25.000 agentes de segurança mobilizados.
A cidade de Washington se preparou para o evento com bloqueios de ruas e forte presença policial. Mesmo assim, apoiadores de Trump, vestindo bonés e jaquetas vermelhas da campanha, enfrentaram chuva e frio para garantir presença no comício.
Biden faz última aparição como presidente - Enquanto isso, o presidente Joe Biden realizou sua última viagem oficial, participando de um evento em Charleston, Carolina do Sul, em homenagem ao Dia de Martin Luther King Jr. Em um discurso na Royal Missionary Baptist Church, Biden exaltou o legado de King e pediu que os democratas mantenham a esperança diante das dificuldades.
Trump assume a presidência nesta segunda-feira, prometendo iniciar uma nova era de ações rápidas e controversas, enquanto sua retórica polarizadora continua a dividir opiniões dentro e fora dos EUA.
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