Trump diz querer acordo com o Irã, mas reforça sanções para sufocar exportações de petróleo
"Eu adoraria ser capaz de fazer um grande acordo. Um acordo que permita que vocês sigam com suas vidas", declarou o presidente estadunidense
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (5) que gostaria de negociar um novo acordo com o Irã para melhorar as relações bilaterais, mas reiterou que Teerã não pode desenvolver uma arma nuclear, segundo a agência Reuters. "Eu digo isso ao Irã, que está ouvindo atentamente: eu adoraria ser capaz de fazer um grande acordo. Um acordo que permita que vocês sigam com suas vidas", declarou Trump a jornalistas em Washington.
A declaração ocorre um dia após o republicano restabelecer sua política de "pressão máxima" contra o Irã, assinando um memorando presidencial que reimpõe sanções severas contra o país persa. Entre as medidas, o documento determina que o Departamento do Tesouro dos EUA adote novas restrições para reduzir a zero as exportações de petróleo iranianas.
Trump criticou a istração anterior de Joe Biden por não aplicar sanções de forma rigorosa, o que, segundo ele, permitiu que o Irã financiasse um programa nuclear e milícias armadas no Oriente Médio. O Irã nega buscar uma arma nuclear, mas seu programa de enriquecimento de urânio avançou nos últimos meses. Em dezembro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou que Teerã estava enriquecendo urânio a 60% de pureza, próximo do nível necessário para armamento (90%).
A decisão de Trump reacende tensões na região e pode impactar o mercado global de petróleo. Enquanto aliados dos EUA no Oriente Médio, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, têm capacidade para compensar a redução da oferta iraniana, a China, maior compradora do petróleo do Irã, mantém um sistema de comércio paralelo que evita o uso do dólar e as sanções norte-americanas.
Mesmo com o endurecimento da postura, Trump deixou aberta a possibilidade de uma negociação com Teerã. "Eles não podem ter uma coisa: uma arma nuclear. Se eu achar que eles estão caminhando para isso, será muito ruim para eles", alertou.
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