Tesla para de aceitar novos pedidos na China de modelos importados fabricados nos EUA
Medida ocorre em um momento de intensificação da guerra comercial entre os dois países
(Reuters) – A Tesla suspendeu os pedidos para os modelos Model S e Model X em seu site chinês, segundo verificações da Reuters nesta sexta-feira, em meio ao aumento das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Ambos os modelos são fabricados nos Estados Unidos e importados para a China. Os pedidos também deixaram de estar disponíveis no mini programa da montadora no WeChat, popular plataforma chinesa.
A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Embora a empresa não tenha informado o motivo da decisão, a medida ocorre em um momento de intensificação da guerra comercial entre China e EUA. Nesta sexta-feira, a China aumentou as tarifas sobre produtos americanos para 125%, após o presidente Donald Trump decidir elevar as tarifas sobre produtos chineses para 145%.
As tarifas mais altas dos EUA aumentam significativamente o custo final para consumidores chineses, tornando esses carros mais caros do que os veículos elétricos produzidos localmente.
A Tesla, com sede em Austin, Texas, é uma das menos afetadas pelas tarifas de Trump entre as montadoras, já que grande parte de sua produção é doméstica para o mercado dos EUA.
A montadora fabrica os modelos Model 3 e Model Y em sua fábrica em Xangai, tanto para vendas internas quanto para exportação a mercados como a Europa — esses modelos representam a maior parte das vendas da empresa.
Segundo Li Yanwei, analista da Associação de Concessionárias da China, em 2024 foram importados para o país 1.553 unidades do Model X e 311 do Model S.
Juntos, esses dois modelos representaram menos de 0,5% das mais de 657 mil entregas da Tesla no ano ado.
O aumento da concorrência de montadoras locais como a BYD também afetou as vendas da Tesla na China.
As entregas da categoria que inclui o sedã , o SUV da Tesla e a picape Cybertruck caíram 25% no primeiro trimestre globalmente, em grande parte devido à falta de atualizações nos veículos e à reação negativa à política do CEO Elon Musk.
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